Jogadoras do Ferroviária cobram valorização das mulheres

No dia 29 de setembro, no Parque São Jorge, as meninas do Ferroviária fizeram história no futebol brasileiro. Pela segunda vez em sua trajetória, o clube ganhou o título do Campeonato Brasileiro feminino. As jogadoras não escodem o orgulho, mas também desejam maior valorização dentro do futebol feminino, que cada vez mais atrai os olhares do público.

Segundo dados obtidos pela Agência Efe, o salário médio da equipe feminina da Ferroviária, pioneira na modalidade no Brasil, chega a R$ 2,5 mil mensais. Para a jogadora Barrinha, ainda falta muito a ser conquistado pelas mulheres no país do futebol.

A lateral-esquerda defendeu os direitos iguais para mulheres e homens e afirmou.
“Em matéria de salários e estrutura, na comparação financeira em geral, nós estamos muito longe do futebol masculino. Queremos uma melhoria substancial, porque, como eles, também trabalhamos, nos dedicamos e vivemos desse esporte”.

O clube de Araraquara é considerado um exemplo no país, pois foi um dos pioneiros em oferecer um trabalho formal para as jogadoras. Atualmente, a metade do elenco conta com salário fixo e todos os benefícios previstos pela lei. “Queremos que os clubes dêem estrutura para as jogadoras. Não se trata só de montar um time, dar camisa e cada uma que busque o seu. É preciso investir, apoiar”, garantiu a lateral-esquerda.

Como primeira técnica a levar um time ao título brasileiro, Tatiele Silveira, avalia que o futebol feminino tem ascendido, principalmente, após a transmissão da Copa do Mundo realizada na França. Para a técnica, o evento trouxe notoriedade para o futebol feminino, que, para ela, ainda é pouco.”É preciso ter muito mais visibilidade, porque assim se consegue uma rede que une as maiores audiências na televisão, patrocínios e investidores”, disse a comandante da Ferroviária.

(Foto: Julisandy Ferreira com informações do Portal R7)

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