Além de feriado da proclamação da República, no dia 15 de novembro também foi celebrado o Dia do Esporte Amador. De acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde), uma pessoa que inclui a prática física como pedalar, nadar ou se exercitar ao menos três vezes na semana, durante 30 minutos, já é considerada atleta amadora.
Especialistas, porém, alertam que é necessário tomar alguns cuidados para evitar problemas durante a prática esportiva. Acompanhamento de um profissional capacitado e avaliação médica são algumas das dicas para quem quer se dedicar a algum esporte de forma amadora.
“Buscar um profissional qualificado, de preferência formado em Educação Física e que tenha conhecimento para desenvolver um programa de atividade física é o ideal. Isso evita lesões e complicações futuramente, além de tornar a prática mais agradável”, explica o educador físico e professor do IDOMED João Alves de Moraes Filho.
Outra dica, segundo o educador físico, é parar a prática esportiva diante de qualquer sinal de desconforto. Para isso, é fundamental estar atento.
“Durante a prática, o esportista deve ficar atento a qualquer dor. Se sentir formigamento, dificuldade para respirar, mal- -estar também deve parar. É fundamental parar a prática esportiva até se recuperar. Continuar vai depender da recuperação desse praticante”, orienta Moraes Filho.
O professor ressalta, ainda, que o esportista jamais deve treinar machucado, seja por uma lesão ou até mesmo uma ferida – neste caso, a cicatrização fica mais demorada. Os cuidados com higiene também devem ser observados. “Talvez, um tênis que não foi arejado pode dar uma micose ou algum problema na pele”, explica.
Avaliação médica
Esportista amador é caracterizado por indivíduos adultos que praticam atividades físicas e esportivas de maneira regular, de moderada a alta intensidade, competindo eventualmente, porém sem vínculo profissional com o esporte. Por envolver exercícios mais intensos, a orientação do médico cardiologista e professor do IDOMED Edval Gomes é de que o atleta passe por uma avaliação médica.
“O ideal é que todo indivíduo nesse grupo, que deseje realizar exercícios ou esportes em nível moderado/elevado de intensidade, seja submetido a uma avaliação médica para pesquisa de fatores de risco, sinais e sintomas sugestivos de doenças cardiovasculares, pulmonares, metabólicas ou do aparelho locomotor”, afirma.
O cardiologista explica, ainda, que, em geral, não se recomendam exames específicos, mas de acordo com a história e o exame físico, alguns poderão ser realizados, como laboratório e ECG, por exemplo.
Conforme o médico, embora rara, a morte súbita relacionada ao exercício é o evento mais grave que pode ocorrer. As estatísticas mostram que na população geral a incidência de morte súbita cardíaca durante o exercício é de aproximadamente 0,46 caso para cada 100.000 pessoas no ano. Trata-se de pessoas com cardiopatias não conhecidas.
“Além da avaliação de risco cardiovascular, a avaliação médica é importante para ressaltar os riscos do doping, anabolizantes, anfetaminas e outras substâncias lícitas e ilícitas”, lembra o cardiologista.
Por Bruna Marques – Jornal O Estado de MS.
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