Enxadrista, mesatenista e judoca falam de como é viver do esporte

Hoje, 10 de fevereiro, é comemorado o Dia do Atleta Profissional. Esta data homenageia aquelas pessoas que fazem do esporte o seu principal ofício. Essa profissão foi consolidada no dia 24 de março de 1988, por meio da Lei n° 9.615, mais conhecida como Lei Pelé, que estabelece normas para diversos assuntos referentes à conduta do esporte no Brasil e torna o exercício como profissional se for caracterizado pela remuneração em foma de contrato.

Mesmo sendo uma profissão que diverte o público, ela também pode ser dolorosa para aqueles que a praticam. A rotina de treinamento começa desde cedo para a maioria dos esportistas,como é o caso do Matheus Garcett Souza dos Santos, que começou a jogar xadrez com 7 anos.

O enxadrista já jogou pelo menos 600 torneios e ganhou diversas competições, como dois Torneios Estaduais de Xadrez de categoria adulta e universitária e o Campeonato Regional Centro-Oeste de Xadrez. Além disso, foi o top 5 do Brasil categoria sub17, em 2012.

Segundo o atleta de 24 anos, no começo teve dificuldades em continuar na profissão, já que os custos para participar das competições eram altos. “Hoje, o xadrez é minha fonte de renda, realizo aulas, faço produções de conteúdos para plataformas on-line e capacito professores.

Atualmente sou Mestre Nacional pela CBX (Confederação Brasileira de Xadrez) e meus treinamentos são para tentar ser Mestre pela FIDE (Federação Internacional de Xadrez) e minha titulação valer no mundo todo”, afirmou o atleta, ontem (9).

A mesatenista Lívia Lima, 18 anos, pratica o esporte desde os 9. “Comecei a jogar tênis de mesa em 2011. Participei de tantas competições que nem sei quantas foram, mas a mais impactante foi o Campeonato Sul-Americano, no qual fui campeã em 2017 e 2019”, relatou, ontem. Além do torneio Sul-Americano, a atleta foi terceira colocada nas categorias em dupla e em equipe no Campeonato Mundial da sua faixa etária.

No ano passado, a mesatenista foi chamada para jogar pelo São Caetano (SP). “No momento eu represento o Estado de São Paulo, pois estou jogando por São Caetano, a cidade com os melhores os resultados do país. Mas independente do local que esteja, sempre levo Mato Grosso do Sul comigo. Nesses nove anos que pratico aprendi muita coisa que levarei pro resto da minha vida. Tenho muito amor pelo tênis de mesa.”

Nos Jogos Parapan-Americanos de 2019, em Lima (Peru), o judoca Luan Pimentel trouxe a medalha de ouro para casa. O paratleta faz do esporte sua profissão e diz que sente muito orgulho de poder representar o país em competições. “Eu tenho muito amor pelo esporte e graças a ele me proporcionou uma carreira”, disse o atleta, ontem por telefone.

Luan é contratado pelo ISMAC (Instituto Sul-Mato-Grossense para Cegos) e representa a instituição nas competições. Além disso, ele recebe o Bolsa Atleta.

Texto: Alex Nantes

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