Dupla que passou por Santos e Palmeiras aposta nos ex-times

Com passagens marcantes pelos finalistas da Libertadores 2020, que conhecerá o campeão amanhã (30), às 16h (de MS), no Maracanã, Robert da Silva Almeida e Amarildo Carvalho relembraram suas passagens por Santos e Palmeiras.

Em entrevista feita na quarta-feira (27), o ex-meia-atacante que atuou no Peixe e o ex-zagueiro do Verdão falaram sobre a final continental deste sábado e não ficaram em cima do muro quando perguntados sobre quem vai erguer o troféu da América.

Para o clássico de sábado, Robert avalia que, “se essa final fosse dois dias depois do jogo contra o Boca [em que o Peixe aplicou 3 a 0] e logo depois daquela classificação difícil do Palmeiras com o River [derrota por 2 a 0 e vaga obtida no saldo de gols], eu cravaria o Santos”.

Segundo o ex-jogador que pendurou as chuteiras em 2006, naquele momento a fase do Santos era mágica. Porém, pontua que o Palmeiras conseguiu se recompor, ajustar algumas coisas do time, e voltou jogadores importantes, caso do Felipe Melo, do Gustavo Gomes.

“O treinador [Abel Ferreira] conseguiu extrair o melhor dos seus jogadores, e o Cuca também. Ele conseguiu unir o grupo, Marinho vive grande fase, Soteldo voltou a jogar muito bem, os meninos da base do Santos estão jogando muita bola e tem tudo para ser uma grandíssima final, mas acho que o Santos se sagra tetracampeão da Libertadores”, comentou.

Para ele, se o título fosse decidido como era até 2017, em duas partidas, “eu apostaria cegamente no Sanrtos, mas como será em campo neutro, acho que está 50% para cada”. Aposta em um jogo muito intenso e competitivo. “Acho que vai dar empate, prorrogação e pênaltis. E aí, acho que o Santos ganha”, finaliza Robert.

Experiência pesa a favor do Verdão

Amarildo Carvalho crava o placar de 2 a 1 a favor do Palmeiras. Para o ex-zagueiro, além de ser uma decisão, é um clássico brasileiro. “Esse time do Santos tem uma gurizada boa, rápida, mas o Palmeiras conta com jogadores experientes, conta muito”, fala o sul-mato-grossense.

Campeão estadual também como técnico, Amarildo atenta para a qualidade dos dois treinadores que estão na decisão da Libertadores. “O Cuca não tem nada a perder para o português [Abel Ferreira]”, fala. Segundo o ex-jogador, que encerrou a carreira no campo em 1995, no Operário, clube que o revelou e de onde saiu para ir ao Palmeiras, apesar da torcida pelo Alviverde, não será “novidade nenhuma” se o título for para o Santos.

Há quase 35 anos, em 1986, Amarildo ficou marcado na história do Palmeiras por ter marcado o gol na final do Paulista daquela época. Diante da Inter de Limeira, no Morumbi, o zagueiro viu a equipe do interior ser campeã após vencer por 2 a 1 “Até hoje o pessoal me cobra”, brinca.

Robert e Amarildo destacam projeção ao jogar no Peixe e no Verdão

Robert, 49 anos, teve duas passagens pelo Alvinegro Praiano. Entre 1995 e 97, o ex-jogador cita como momentos marcantes o vice-campeonato brasileiro de 1995, quando perdeu para o Botafogo, e o título do Torneio Rio-São Paulo, em cima do Flamengo, em pleno Maracanã.

Em 2000, deixou o Atlético-MG para retornar à Baixada Santista. Em 2002, ergueu a taça de Campeão Brasileiro. “Aquele em cima do Corinthians, das famosas pedaladas do Robinho”, fala
Robert. “Tenho vários vínculos, foi onde mais consegui me projetar nacionalmente”, acrescenta. Relembra que foi a camisa que mais vestiu como jogador e da Vila Belmiro chegou a ser convocado para a seleção brasileira.

Em meio à pandemia em 2020, voltou a Mato Grosso do Sul, onde havia sido treinador, entre 2016 e 2018, pelo União ABC, Novoperário e Corumbaense, para apresentar o Bola Morena Esportes na Rede Super MS.

Neste projeto, um dos comentaristas é Amarildo Carvalho, coincidentemente ex-atleta do rival santista na final deste sábado. Amarildo faz questão de guardar as recordações pela passagem no Verdão. “Foi a minha chance de ser tornar profissional, jogar em um grande clube, jogava com grande prazer”, relembra.

“Graças ao Palmeiras, pude ir à Europa, fui vendido ao Porto-POR”, acrescenta. “Foi muito bom para mim, lógico, sem esquecer a gratidão ao Operário”, ressalta. “Até hoje o Palmeiras sempre manda lembretes, de jogos, eventos, tem um grupo de ex-jogadores, esse tipo de lembrança”, acrescenta o ex-jogador, e assessor parlamentar do deputado Herculano Borges (Solidariedade).

Texto: Luciano Shakihama

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