De MS, Yeltsin Jacques bate recorde mundial e é bicampeão dos 1.500m nas Paralimpíadas

Yeltsin Jacques é bicampeão das Paralimpíadas — Foto: REUTERS/Stephanie Lecocq
Yeltsin Jacques é bicampeão das Paralimpíadas — Foto: REUTERS/Stephanie Lecocq

Mais um ouro para a conta! Yeltsin Jacques voltou ao topo do pódio dos 1.500m T11 das Paralimpíadas de Paris 2024. Nesta terça-feira (3), o Sul-mato-grossense de 32 anos quebrou o próprio recorde mundial da prova e puxou uma nova dobradinha com Júlio Cesar Agripino dos Santos, bronze na classe para pessoas com deficiência visual total. Nos 5.000m T11, Julio quem foi campeão com recorde mundial, e Yeltsin bronze.

Assim como nos Jogos de Tóquio, Yeltsin dominou a prova e bateu o recorde mundial. No Japão, ele completou os 1.500m em 3m57s60. Em Paris, correu para 3m55s82 com o guia Guilherme Santos. O etíope Yitayal Silesh Yigzaw ficou com a prata (4m03s21), e Julio Cesar completou o pódio com o guia Micael dos Santos (4m04s03).

Na final de hoje, Julio puxou o pelotão na primeira volta. O equatoriano Jimmy Caicedo tentou escapar na segunda volta, mas logo no início da terceira volta foi Yeltsin quem disparou e não largou mais a liderança, só abriu vantagem em busca do recorde mundial, deixando a briga pelo segundo lugar. Julio ficou na segunda posição até a metade da última volta, quando foi ultrapassado pelo etíope, mas segurou o ataque do japonês Kenya Karasawa na reta final para assegurar o bronze.

Yeltsin nasceu com baixa visão. Ele iniciou no atletismo para ajudar um amigo totalmente cego a correr e começou a competir nas Paralimpíadas Escolares de 2007. Nos Jogos de Tóquio, foi campeão tanto nos 1.500m como nos 5.000m T11. Com as duas medalhas de Paris, chegou a quatro pódios em Paralimpíadas. Tem também cinco medalhas em Mundiais, incluindo dois ouros.

Julio Cesar Agripino, por sua vez, foi diagnosticado com ceratocone, uma doença degenerativa na córnea, aos sete anos. Ele era atleta convencional do atletismo e migrou para a equipe paralímpica por meio dos treinadores do Centro Olímpico. Desde então, ele disputa na classe T11, categoria dos atletas com deficiência visual. Na lista de conquistas do brasileiro, também estão o ouro nos 1.500m e prata nos 5.000m no Mundial de Kobe, em 2024. Além do ouro nos 1.500m e bronze nos 5.000m nos Jogos Parapan-Americanos de Santiago 2023.

Com ge

 

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