Copa Davis em novo formato e pensamento do ‘super-tenista’

Gerente da competição comenta novidade e faz reflexão do que seria esse modelo de atleta

A maior competição por equipes do tênis terá um novo formato em 2020. Algo que não deve alterar o charme da Copa Davis, evento que mobiliza torcidas como nenhum outro campeonato do circuito é capaz de fazer. E, para promover o novo formato, a organização concedeu uma entrevista exclusiva ao Betway Insider, blog da Betway Esportes que é líder global em apostas esportivas online. Costa, gerente do projeto falou da novidade e foi desafiado a descrever o que seria o jogador ideal para favoritismo absoluto à conquista dessa taça.

Crédito: Lala Sport/Divulgação

Pesou, sobretudo a experiência pregressa de ex-jogador, ex-capitão e lenda do tênis espanhol de Albert Costa. Imaginado por ele, esse ‘super-tenista’ mistura traços físicos e psicológicos das grandes estrelas do tênis. Um conjunto de fatores que, na sua visão, também valorizam a competição que reúne todos os anos grandes ícones desse esporte.

Apesar da importância deste torneio, muitos jogadores vinham desistindo de ir com sua seleção. Por isso, Albert Costa se diz satisfeito com a mudança no formato do torneio, uma vez que muitas das eliminatórias da Copa Davis não tinham mais a presença dos melhores jogadores porque “o torneio não estava no seu melhor”.

A agenda apertada e as viagens que os playoffs exigem acabavam impedindo os tenistas de participarem. Este novo formato da Copa simplifica o torneio para uma semana ou duas, dependendo de como a equipe é classificada.

No sistema que foi utilizado até o ano passado, as finais eram disputadas em diversas partidas simultâneas ao redor do mundo, em 3 dias de jogos, e em pisos que o mandante escolhia, para ter vantagem sobre o time visitante.

Mais segurança e cuidado aos atletas

Além disso, com o novo sistema de competição, os jogadores estarão mais adequados para o piso. Se o momento da temporada é no saibro, por exemplo, o piso na Copa Davis será o mesmo para evitar que os jogadores tenham de se adaptar. Albert acredita que isso pode ajudar a reduzir o risco de lesões e aumentar a presença de grandes tenistas.

E o gerente da competição mantém uma grande memória neste torneio. Ele teve a oportunidade de fazer parte da equipe que conseguiu a primeira taça para a Espanha e se lembra bem da final em Barcelona. A equipe espanhola derrotou a Austrália com o placar agregado de 3-1 para sagrar-se campeã. O ex-tenista espanhol reconhece, no entanto, que vive a Copa Davis de forma diferente como diretor do torneio.

Dezoito países divididos em seis grupos vão disputar a final da Copa Davis em Madrid. Entre todos os tenistas que vão lutar com suas seleções para levantar o troféu, há muitos nomes colocados no top 10 do mundo, lembra Albert Costa.

Como seria o super-atleta da Davis?

E como seria o tenista ideal da CopaDavis? Será que ele existe? A resposta, pelo menos para Albert, é que não, mas ele possui, pelo menos no imaginário um perfil.

Para ele, dois dos pontos principais seriam a mentalidade e o físico de Rafael Nadal, características que fazem o espanhol ser um mestre da superação em momentos difíceis. Outro traço importante que ele pegaria de um tenista espanhol seria o jogo de pés de David Ferrer, pois o tenista precisa ter uma mobilidade exemplar para estar sempre no lugar e hora certos para rebater.

Porém, nem só de tenistas espanhóis seria feito o atleta ideal para a Copa Davis. Albert lembra também do smash e do saque de Pete Sampras, um mestre em conseguir aces e na hora de aproveitar os balões rebatidos pelos adversários. O sérvio Novak Djokovic também emprestaria uma de suas inúmeras qualidades para este protótipo de tenista. O backhand de duas mãos de Djoko é o mais potente e preciso do mundo do tênis, e costuma aparecer em momentos decisivos.

E isso não é tudo. Se você estava sentindo falta do grande Roger Federer, ele também foi lembrado por Albert, que classifica o drive do suíço algo impossível de se reproduzir, com suas linhas perfeitas, que dificultam a vida do adversário na hora de se posicionar. Para completar a parte individual, os voleios de Stefan Edberg, seriam o último ingrediente de um tenista perfeito para a Copa Davis.

(Texto: Danilo Galvão com informações do Betway Insider)

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