Convênio da Fundesporte para o Estadual é prorrogado até final do ano

O vínculo entre Fundesporte (Fundação de Esporte e Lazer de Mato Grosso do Sul) e FFMS (Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul), inicialmente válido até 31 de abril, prazo para o fim do Campeonato Sul-Mato-Grossense, foi estendido até o fim de dezembro deste ano. Em entrevista ao jornal O Estado na manhã desta sexta-feira (20), Marcelo Miranda, diretor-presidente da Fundesporte, órgão responsável pelos repasses financeiros à FFMS, afirmou que o convênio entre as partes foi alongado.

“Prorrogamos o convênio de repasse para os clubes esta semana e já realizamos o depósito dos valores (R$ 822 mil) clubes e federação tem até o fim da temporada para realizarem o campeonato”, pontua o diretor.

Miranda ilustra como o procedimento é feito. “Nós abrimos uma conta específica para o convênio e depositamos o dinheiro de maneira integral. Feito isso, a FFMS é responsável por administrar o montante, e destiná-lo aos clubes”, enfatiza o dirigente. “Com o campeonato suspenso, imagino que o saldo atual do convênio seja grande, pois estávamos na metade da competição. Se o torneio não for retomado o recurso volta aos cofres públicos”, relata o dirigente da Fundesporte, principal patrocinadora do Estadual.

“A federação juntamente com os clubes tinham até 31 de abril para encerrar o campeonato e posteriormente um mês para prestarem conta. O que nós fizemos foi prorrogar o prazo até 31 de dezembro para execução do campeonato e consequentemente a prestação de contas”, conclui Miranda.

Sequência da competição preocupa Comerário; FFMS se diz de “mãos atadas”

Vanter Mangini, presidente do Comercial, disse ontem à reportagem que o período é incerto. “O que decidimos junto a FFMS foi suspender a competição. Em relação ao cancelamento do torneio não temos nada concreto”, pontua o diretor.”Ficamos preocupados pois não temos receitas de torcida, de patrocinador, de nada. Estamos na mesma situação do comércio e da indústria em geral”, acrescenta o cartola.

Estevão Petrallás, presidente do Operário disse que a competição seve seguir paralisada por no mínimo 60 dias. “Na minha ótica pessoal, toda esta situação não se resolve antes de dois meses de maneira gradativa”, relata Petrallás.

O dirigente levanta a hipótese de realizar a competição anualmente a partir do segundo semestre de cada ano. “Por motivo de força maior podemos realizar o campeonato no segundo semestre, e caso continuado, fugiríamos de qualquer tipo de concorrência competitiva além de auxiliar os atletas em um período onde muitos ficam desempregados”, conclui o diretor.

Francisco Cezário, presidente da FFMS, disse ontem que com a suspensão do campeonato, o órgão está de mãos atadas em relação a sequência da competição. “Estamos sem poder fazer muita coisa neste momento. Vamos aguardar os posicionamentos dos órgãos oficiais para que possamos retomar nossas atividades”, coloca o diretor. “Por hora, aguardaremos. Em caso de suspensão, inicialmente comunicaremos aos dirigentes dos clubes, para que possamos emitir posição oficial, no entanto, o fato está fora de cogitação”, conclui o dirigente.

(Texto: Alison Silva)

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