A partida de terça-feira (27), no Parque dos Príncipes, em Paris, terminou em triunfo da seleção por 5 a 1. Um placar que não ilustra a tensão do último compromisso do time verde-amarelo antes da Copa do Mundo do Qatar. Houve bate-bocas, faltas duras e cartão vermelho.
A Tunísia, que está classificada para o Mundial, não tinha sido vazada em seus sete jogos anteriores. Eram apenas três gols sofridos em 12 duelos na temporada. Os atletas brasileiros, porém, souberam envolver a marcação -muitas vezes violenta- para estabelecer uma goleada ainda na etapa inicial na França.
Aos 11 minutos, a segunda linha trabalhou bem: Casemiro recebeu de Danilo e acertou um lançamento preciso para Raphinha encobrir o goleiro de cabeça. A tensão da partida apenas começava a se estabelecer, mas Tite já vibrou como se fosse um jogo de Copa.
O gol levado em seguida também foi encarado como um golpe duro. Aos 17, Talbi subiu com alguma liberdade após cobrança de falta e cabeceou no canto direito de Alisson. A falha no combate ao jogo aéreo é preocupante, especialmente porque em seu debute no Mundial o Brasil vai encarar o ótimo cabeceador Mitrovic.
A reação, no entanto, foi rápida. Aos 19, Richarlison recebeu de Raphinha na cara do gol, em falha dos tunisianos na linha de impedimento, e balançou a rede. Aí, a banana foi arremessada -segundo a transmissão da TV Globo, de uma área das arquibancadas com torcedores da Tunísia, numerosos em Paris-, e o confronto foi de tenso a bastante nervoso.
Houve bate-boca, empurra-empurra, cartões por reclamação. Neymar era alvo frequente e revidava, ouvindo dos companheiros e do banco pedidos de calma. Mas a superioridade brasileira era clara. Paquetá só não marcou por causa de ótima defesa de Dahmen. Que não segurou batida de pênalti de Neymar, com paradinha, aos 29.
Neymar também participou do quarto gol, buscando passe na área. Richarlison rolou para Raphinha bater no cantinho, provocando a citada reação efusiva de Tite. E Neymar voltou a ser personagem aos 42, quando deu drible em Bronn e levou entrada dura. O árbitro francês Ruddy Buquet percebeu que era hora de controlar os ânimos e tirou o cartão vermelho do bolso.
Estrela de Pedro
No intervalo, o treinador da seleção cumpriu a expectativa, colocando em campo Pedro na vaga de Richarlison. Entrou também Vinicius Junior, substituindo Paquetá. O ritmo não foi o mesmo da etapa inicial, e a Tunísia até teve momentos de posse de bola, mas, com um a menos, acabou sendo castigada.
Aos 29 minutos, Pedro teve a oportunidade que esperava para ficar bem perto da convocação para o Qatar. Vinicius Junior tentou tabela na área com Antony (acionado no segundo tempo), e a bola sobrou para o centroavante do Flamengo, que voltou a mostrar sua excelente capacidade de conclusão.
Com informações da Folhapress