Banco analisa situação financeira complicada do Corinthians

Na última terça-feira (28), o Banco Itaú BBA divulgou seu relatório anual sobre as finanças dos clubes brasileiros e a análise referente ao Corinthians não foi nada animadora. Segundo o texto publicado, o ano financeiro do clube em 2019 foi “desastroso”, com expectativa de que 2020 seja igualmente complicado, além do alerta sobre o esforço “brutal” para que se alcance o reequilíbrio.

O balanço do Timão no ano passado foi fechado com R$ 177 milhões de deficit, que será corrigido a pedido do Conselho Fiscal do clube para R$ 195,4 milhões. Além disso, a dívida acumulada atingiu quase R$ 670 milhões, sem contar o financiamento da Arena. Algo que foi justificado pelo excesso de contratações e pela diminuição de receitas provenientes da venda de jogadores.

”Este é um roteiro típico daqueles filmes de catástrofe: tudo está bem quando tudo está bem. Daí, no ano em que não há vendas relevantes de atletas, pronto, a situação desanda… O problema se agrava porque os custos não param de crescer, porque o Social drena caixa do futebol, e porque o futebol é incapaz de obter eficiência nas contratações, vide o investimento de R$ 91 milhões sem sucesso esportivo relevante em 2019” diz o relatório divulgado pelo banco.

Ainda de acordo com a análise do Itaú BBA, não se trata de uma excepcionalidade, já que é algo que vem se agravando há anos e que deve ser complicada novamente em 2020, cujo balanço do primeiro semestre apresentou um superavit de cerca de R$ 4,4 milhões, mas uma dívida acumulada de mais de R$ 900 milhões, mesmo com mais de R$ 142 milhões em repasses de direitos federativos e cortes salariais no futebol e no clube.

Sendo assim, a previsão é de que isso se repita por algum tempo, pelas elevadas dívidas que o clube tem acumulado há alguns anos, o que exigirá que o esforço para encontrar um equilíbrio nas finanças seja “brutal”.

”Por mais que reduza custos e consiga fazer venda de atletas, a situação ao final do ano será complicada, pois o ano iniciou com dívidas elevadas, e o esforço necessário para o reequilíbrio será brutal, e acabará se arrastando por alguns anos” alerta a análise do banco.

(Texto: Lance!)

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