Acordo entre COB e CBV encerra caso do jogador Wallace e redefine punições

Foto: Time Brasil/Divulgação
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Em uma negociação que visava minimizar os impactos para o esporte olímpico e o vôlei brasileiro rumo a Paris 2024, a confederação brasileira de vôlei (CBV) e o Comitê Olímpico do Brasil (COB) chegaram a um acordo na noite da última segunda-feira (15) sobre o caso do jogador Wallace de Souza, do Cruzeiro. A punição inicial de cinco anos de afastamento das competições foi reduzida para 90 dias e a sanção de perda de repasses de verbas publicas para a CBV durante seis meses, foi substituída por uma multa a ser paga pela entidade.

Desde o início do processo, o COB e a CBV expressaram seu repúdio as ações do atleta, mas buscaram soluções que causasse o menor prejuízo possível ao esporte. O presidente do COB, Paulo Wanderley, destacou o esforço multilateral para chegar a um entendimento e ressaltou os valores olímpicos de respeito. O acordo também mantém proibição de Wallace representar a seleção brasileira por um ano, embora o jogador já tenha anunciado sua aposentadoria da equipe nacional.

A postagem

Wallace de Souza, campeão olímpico pela seleção brasileira, havia sido punido pelo conselho de ética, COB em abril com uma suspensão de 90 dias devido a uma publicação em suas redes sociais. No Instagram, o jogador aparecia armado com uma pistola e fazia uma enquete sobre dar um tiro no atual presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva.

Após obter uma medida liminar concedida pelo superior tribunal de justiça desportiva (STJD), Wallace foi liberado para jogar a final da superliga de vôlei. No entanto, o conselho de ética do COB ampliou a punição para cinco anos e suspendeu o repasse de verbas publicas a CBV por seis meses.

Com a redução da pena, Wallace cumprirá o restante do afastamento durante suas férias. O COB também decidiu que não reconhecerá o resultado da final entre Minas Tênis e Cruzeiro devido à participação do jogador, que estava afastado das quadras pelo Comitê de Ética na ocasião. Como parte do acordo, a CBV se comprometeu a financiar um programa de valorização da postura ética dos atletas nas redes sociais, sob a supervisão do Compliance Officer (Diretoria de Observância) do COB.

A assinatura do acordo com a presença dos dirigentes Paulo Wanderley (COB), Walter Pitombo Laranjeiras (CBV), o jogador Wallace e representantes do conselho de ética do COB e da AGU. Após o consenso, todas as partes condenaram em não buscar questionamentos judiciais relacionados ao caso.

O voleibol brasileiro agora busca retomar seus valores, utilizando esse episodio como uma oportunidade de transformação e educação para o uso responsável das mídias sociais, em busca da excelência como potencial mundial.

Com informações da Agência Brasil

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