Há oito dias do pleito eleitoral de 2022, O Estado Online conversou com a Secretária de Tecnologia de Informação do TRE-MS (Tribunal Regional Eleitoral), Luciana Aguiar, para esclarecer as dúvidas da população a respeito da segurança das urnas eletrônicas. Em Mato Grosso do Sul 8.088 urnas foram preparadas para as eleições, desse total, 6.912 serão destinadas às sessões eleitorais e as 1.176 restantes ficarão como reserva.
Luciana Aguiar explica que inicialmente é realizada a geração das mídias, que consiste na gravação dos dados eleitorais e dos sistemas em um pen drive. A partir disso são feitos os procedimentos de carga e lacração, que consistem na inserção dessas mídias com dados dos eleitores e dos candidatos nos dispositivos, em seguida os lacres são colocados no dispositivo e assinado por juízes que atestam a integridade das urnas.
“Nós fizemos esse processo em Campo Grande e ontem começou no Estado, cada zona eleitoral prepara sua urna sob a responsabilidade do juiz eleitoral. Passando essa etapa, as urnas são entregues aos mesários para o dia da eleição. Essas urnas são lacradas, em caso de violação dos lacres a gente tem como saber essa urna foi passada por uma tentativa de fraude e substituí-lá. Então no dia da eleição o mesário chega na sessão com a urna preparada”, explica.
Um dos principais questionamentos da população é se a urna teria conexão com a internet o que facilitaria fraudes e ataques hacker no sistema, quanto a isso, Luciana ressalta que a urna eletrônica não possui hardware, equipamento necessário para estabelecer a conexão de rede.
“Ela não é ligada a internet ou a nenhum outro aparelho, isso é boato. A programação é feita a partir da geração das mídias com todos os dados e posteriormente ela é preparada e lacrada, logo, não têm possibilidade fraude. Caso o mesário tente ligar antes aparece uma tela bloqueada informando que só será ativada no dia 02 de outubro às 6h da manhã”, explica.
Em relação aos problemas no dia da votação, a especialista destaca que é comum o eleitor não esperar carregar a foto do candidato e apertar o botão de confirmação, como a foto não aparece ele presume que a urna está com defeito. Ela também esclarece que é impossível que a urna mostre um candidato diferente do escolhido sem que o eleitor tenha errado os números.
“Um problema que acontece com frequência é por conta da urna ser ligada a energia, com isso pode ser que falte energia em alguns lugares, se isso ocorrer ela não para de funcionar porque possui uma bateria interna, mas pode acontecer da bateria não estar totalmente carregada e o mesário não perceber, ou estar ligada na tomada, mas não estar carregando e isso vai consumindo a bateria sendo necessária a troca da urna, o que pode gerar atraso na votação. Mas todas as bateria têm 12h de duração”, acrescenta.
Como as urnas são preparadas com antecedência, a secretária do TRE-MS ressalta que pode haver atraso no horário dos equipamentos, neste caso o problema é resolvido por meio de aplicativo na presença dos fiscais e mesários.
As eleições de 2022 ocorrem em todo Brasil no dia 2 de outubro (domingo), neste ano os eleitores vão às urnas votar para presidente da república, governador, senador, deputado federal e deputados estadual. Os candidatos eleitos irão representar a população em diferentes esferas pelos próximos 4 anos.
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Com informações do repórter João Gabriel Vilalba.
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