“Silêncio” de Tenente Portela intriga sucessão

Foto: Arquivo/Divulgação
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Considerado por muitos como o político mais próximo do presidente Jair Bolsonaro em Mato Grosso do Sul, o tenente do Exército, Aparecido Andrade Portela, o Tenente Portela, primeiro suplente de senadora eleita Tereza Cristina filiado ao PL, não vem tendo qualquer participação na campanha neste segundo turno.

O posicionamento do Tenente Portela, como é conhecido, desperta dúvidas nos bastidores da disputa eleitoral entre os candidatos ao governo, Capitão Contar(PRTB), e Eduardo Riedel (PSDB), apesar do PL, partido ao qual ele é filiado já tenha declarado apoio a Riedel, inclusive a própria senadora eleita Tereza Cristina tem feito uma campanha intensa na campanha do candidato tucano, inclusive estando presente sozinha, no evento, que reuniu prefeitos e vereadores de Mato Grosso do Sul, no Nipo-Brasileiro, na noite de quinta-feira (20), em Campo Grande.

Pessoa ouvida próximo do tenente diz que o posicionamento do Portela é considerado como emblemático por diversos motivos, a começar por sua ligação direta com o presidente Jair Bolsonaro e também da possibilidade de assumir a vaga de senador, caso Tereza, venha a ser chamada para assumir um ministério como aconteceu no primeiro mandato de Bolsonaro quando foi ministra da Agricultura.

Outro fator que torna o Tenente Portela muito importante é que foi no Senado, onde o presidente da República teve seus maiores problemas desde2019, que Bolsonaro quer fazer uma boa bancada e construir uma maioria para ter tranquilidade para indicar novos ministros do STF(Supremo Tribunal Federal).

Outra sinalização que um apoio do Tenente Portela é de que aquele que ele por princípio de lealdade aguarda a determinação do presidente Jair Bolsonaro o que, consequente poderá ser interpretado quem verdadeiramente o presidente apoia, caindo por terra a neutralidade declarada.

Por enquanto, o Tenente Portela mantém-se afastado da campanha, mas recebe pressões de grupos bolsonaristas que apoiaram a eleição de Tereza Cristina ao Senado e que consideram que a sua presença como primeiro suplente trouxe muitos votos tendo contribuído para que ela obtivesse a votação recorde que conseguiu 829.149 votos. Bem menor do que recebidos de Contar 384.275 votos e Riedel 361.981 votos. Por esta razão, alguns assessores defendem que ele entre na campanha da última semana.

Tenente Portela espera a liberação do presidente, para definir em quem apoiar, se for por princípios de lealdade ao Presidente, de ser um Bolsonarista convicto, e pelas pessoas que cobram que votaram na Tereza Cristina, e que não votariam nela, mas por pedido do Presidente em suas livres sempre falava em nome como Suplente da Senadora, votem no Portela.

O próprio suplente de senador teria dito a pessoas próximas que, se quiser continuar na política, tem que demonstrar seu posicionamento perante ao eleitorado conservador e bolsonarista, que acabou votando na Tereza Cristina, por sua causa.

Fim da neutralidade

Pessoas mais próximas do Tenente Portela asseguram que ele aguardava orientação do próprio Bolsonaro para poder anunciar na reta de chegada a quem deve apoiar uma declaração parecida como a que foi feita pelo próprio presidente durante o último debate antes da votação no primeiro turno em favor de Capitão Contar.

O posicionamento do presidente foi considerado por políticos como o ex-governador André Puccinelli que também disputava a eleição, como decisivo na ida de Capitão Contar para o segundo turno.

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