A eleição que inicia novo ciclo da política em MS

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Já nas primeiras horas de domingo, quando o eleitor começar a votar para escolher entre Eduardo Riedel (PSDB) e Capitão Contar (PRTB) terá a certeza que o escolhido representará uma mudança na política estadual, mudança esta que já se esboçou com a configuração das duas candidaturas que chegaram ao segundo turno.

Ficaram para trás um ex-governador (André Puccinelli), um ex-prefeito do maior colégio eleitoral do estado (Marquinhos Trad), uma deputada federal e ex vice-governadora (Rose Modesto) e emergiram dois candidatos de direita um ex-militar do Exército alinhado de primeira hora do presidente eleito Jair Bolsonaro a partir da defesa de pautas conservadoras que na sua primeira disputa conseguiu ser o deputado estadual mais votado e um empresário ligado ao novo agronegócio e que nunca disputou um mandato eleitoral.

A campanha eleitoral de 2022 em vários momentos marcada pela troca de acusações que muito se distanciaram da apresentação de propostas por parte dos candidatos e também teve um recorde de denuncias encaminhadas a Justiça Eleitoral e isso pode ter refletido no resultado apertado em número de votos entre os dois primeiros colocados no primeiro turno. O equilíbrio, pelo menos nas pesquisas divulgadas pelos vários institutos parece ter permanecido ao longo do segundo turno onde os percentuais seja para um ou para outro ficaram em turno de 5% o que dependendo da metodologia de cada instituto configura margem de erro.

O fato de que ambos desde a pré-campanha apresentaram-se como alinhados ao presidente Jair Bolsonaro trouxe um ingrediente inusitado a campanha criando um clima onde Contar tentou mostrar que é mais bolsonarista que Riedel e também se apoiou na constatação de que o Bolsonarismo a exemplo do que aconteceu em 2018 permanece muito forte em todo estado.

Já o candidato Tucano que não teve que correr atrás do chamado “voto lulista”, ou de esquerda, pois por exclusão lhe foi declarado desde que se configurou o segundo turno apenas procurou demonstrar que vota e apoia as ideias do presidente tentando evitar uma migração em massa para o candidato do (PRTB).

1996

Por isso a eleição deverá marcar o início de um novo ciclo político tendo reflexos nas disputas eleitorais dos próximos anos exatamente como aconteceu , por exemplo nas eleições de 1996 quando o deputado federal André Puccinelli e o deputado estadual Zeca do do PT foram para o segundo turno na eleição da Capital deixando para traz políticos como Levy Dias e Nelson Trad.

André venceu aquele pleito mas Zeca chegou ao Governo do estado dois anos depois e acabou sendo sucedido pelo próprio Puccinelli. Os dois políticos passaram a ocupar o protagonismos político no estado substituindo Pedro Pedrossian e Wilson Martins que polarizaram a disputa ´política nos primeiros anos de criação de Mato grosso do Sul.

Projeções

O resultado das urnas no próximo domingo deverá trazer no mínimo um forte candidato a prefeito de Campo Grande ou mesmo um nome que poderá estar cotado para integrar uma chapa para a Câmara Federal e dependendo das configurações políticas até mesmo entrar na disputa majoritária. No caso do candidato Tucano Eduardo Riedel o que se comenta é que ele se forma como liderança política do que poderia ser o moderno agronegócio enquanto que Contar torna-se o principal nome do bolsonarismo em Mato Grosso do Sul.

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