O mercado de celulares teve uma queda de 30,7% e uma alta geral nos preços durante o segundo trimestre de 2020. Entre os motivos para a retração nas vendas de smartphones e feature phones estão os impactos da pandemia de COVID-19 (novo coronavírus). Os números são de um estudo da IDC Brasil divulgado na terça-feira (8).
Ao todo, mais de 9,6 milhões de telefones celulares foram comercializados, 30,7% a menos em relação ao 2º trimestre de 2019. Quanto à receita, a indústria acumulou um montante de R$ 14,846 bilhões entre abril, maio e junho, mas ainda apresentou uma retração de 8,5% quando comparado ao mesmo período do ano anterior.
8,35 milhões de smartphones e quase 392 mil feature phones foram comercializados em canais oficiais, com quedas de 31,1% e 54%, respectivamente. Já em relação ao mercado paralelo, as vendas de smartphones tiveram aumento de 8,3% e totalizaram mais de 790 mil aparelhos, enquanto cerca de 96 mil feature phones foram vendidos (-51,1%).
Os smartphones intermediários, com preços entre R$ 1.100 e R$ 1.999, se concentram na categoria mais vendida nos dois mercados, com 3,36 milhões de unidades comercializadas. Já as opções de entrada, com valores entre R$ 700 e R$ 1.099, vêm em segundo lugar, com o total de 3,24 milhões de aparelhos.
Preços de celulares aumentam no Brasil
Os preços de celulares sofreram uma alta geral no 2º trimestre de 2020. Segundo a IDC Brasil, os smartphones nos mercados oficial e paralelo tiveram o preço médio de R$ 1.539 (+22,9%) e R$ 1.727 (+36,2%), respectivamente. Em relação aos feature phones, o aumento dos valores é de 39,5% e 24,6% nos dois canais.
Os números seguem a tendência de alta também observada nos resultados do 1º trimestre de 2020, apresentados pela consultoria em julho, cujos preços chegaram a crescer até 266%. A expectativa, segundo a IDC Brasil, é de retomada gradual nas vendas de telefones celulares no terceiro trimestre de 2020.
(Com informações: Convergência Digital)