Venda da UFN-3 volta à estaca zero, após Petrobras desistir de vender fábrica para grupo russo

Divulgação/Semagro
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Estatal quer lançar novo processo no início de junho

Por Izabela Cavalcanti

As negociações para a venda da UFN-3 (Unidade de Fertilizantes Nitrogenados III), em Três Lagoas, voltaram à estaca zero, após a Petrobras anunciar, ontem (28), que desistiu de vender o megaempreendimento bilionário para o grupo russo Acron. O ativo está à venda há quase cinco anos. Agora, a estatal pretende lançar um novo processo no início de junho.

“O plano de negócios proposto pelo potencial comprador, em substituição ao projeto original, impossibilitou determinadas aprovações governamentais que eram necessárias para a continuidade da transação. Assim, a companhia está realizando os trâmites internos para encerramento do atual processo de venda e preparando o lançamento de um novo teaser tão logo possível. A previsão é de lançar o novo processo já no início de junho”, diz parte da nota divulgada pela Petrobras.

No dia 4 de fevereiro deste ano, a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, disse que o grupo russo havia fechado a negociação para a compra da unidade. Com isso, a expectativa era de retomar as obras em julho de 2022, mas a guerra entre a Rússia e Ucrânia foi adiando esse reinício.

De acordo com o titular da Semagro (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar), Jaime Verruck, serão aceitas somente empresas que queiram terminar as obras e investir na unidade.

“Encerra-se o processo da Acron. Nós já realizamos uma reunião com a Petrobras, será reaberto o processo de venda da UFN-3, deixando muito claro nessa abertura de processo, somente serão aceitos empresas que venham terminar de fazer os investimentos necessários para que a gente tenha uma Unidade de Fertilizantes Nitrogenados, no Estado de Mato Grosso do Sul”, destacou. Segundo o governador Reinaldo Azambuja, já existem interessados na fábrica. “Eu já fui procurado por alguns grupos durante a semana anterior, eles já sabiam, com certeza, desse comunicado da Petrobras”, disse.

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