Situação da Americanas ameniza e deixa funcionários mais aliviados, na Capital 

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Foto: Nilson Figueiredo/Jornal O Estado

Varejista descobriu rombo financeiro de R$ 43 bilhões, no início do ano

As lojas Americanas despertaram preocupação, no início do ano, não somente para os grandes empresários, mas para inúmeros trabalhadores que integram a rede, ao redor do Brasil. Contudo, apesar da instabilidade, ao que tudo indica, os piores momentos já ficaram no passado e a empresa segue se reestruturando.

 De acordo com o presidente do Sindicato dos Empregados do Comércio, Carlos Santos, ele apontou o momento atual como tranquilizador para os trabalhadores das lojas, em Mato Grosso do Sul. “Não houve demissões em nenhuma loja. Está normalizando, podemos dizer que estamos aliviados” ponderou. 

Ainda segundo o representante, as expectativas são de retomada por parte da loja, o que sinaliza um reflexo positivo para o mercado de forma geral, já que a normalização e reestruturação vêm ocorrendo em cadeia nacional. Contando com seis lojas somente em Campo Grande, a potência do varejo chegou a demonstrar indícios de “fraqueza”. Com ausência de produtos nas gôndolas, poucos funcionários nos estabelecimentos e movimentação decadente.

 Colaboradora de uma das lojas localizadas na Capital, de 21 anos, que preferiu não se identificar, relata que dentro da unidade as atividades seguem na normalidade. “No início, todo mundo ficou em pânico com o que aconteceu. O medo de perder o emprego era grande. Com o passar do tempo, tudo parece estar se encaixando e na loja onde estou, ao que parece, não tem risco de demissões”, revelou a jovem.

Entenda a crise financeira

 Em janeiro de 2023, a Americanas descobriu inconsistências contábeis no balanço fiscal do grupo. O rombo inicial era de R$ 20 bilhões na empresa e atualmente chega a R$ 43 bilhões. 

Com isso, no dia 19 de janeiro, a varejista entrou com pedido de recuperação judicial, tendo como uma das justificativas o preço do ovo de Páscoa. O TJRJ (Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro) aceitou o pedido no mesmo dia.

 A lista de credores possui quase oito mil nomes, no Brasil, e foi entregue à 4ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro (RJ), no dia 25 de janeiro.

 Em Mato Grosso do Sul, soma 49 nomes, entre empresas, pessoas físicas, jurídicas e prefeituras, acumulando dívidas de cerca de R$ 30 milhões, somente no Estado. Há pendências com sete prefeituras, dentre elas estão – a Prefeitura de Aquidauana, Dourados, Corumbá e Sidrolândia – que chegam a um montante maior que R$ 15 mil. No relatório, é possível observar que boa parte das contas a pagar em Mato Grosso do Sul é referente a serviços de fornecimento de energia elétrica, serviços de internet e telefonia.

Outros débitos em MS

 Antes mesmo do rombo financeiro de R$ 43 bilhões da Americanas vir à tona, a varejista já tinha dívidas em Mato Grosso do Sul, que se acumulam desde 2014. A loja deve R$ 253,6 mil em ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) ao governo do Estado e R$ 2,5 mil de IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano), em Campo Grande. 

O débito do ICMS é referente à loja que fica localizada no shopping de Dourados. No início, era de R$ 13.598 mil, porém, aumentou para R$ 253.691,57 mil. No documento, o Estado pede a ausência de quitação da dívida, sob pena de penhora dos bens dos responsáveis com acréscimo entre 10% e 20% sobre o valor de débito corrigido, além de custas processuais. 

Já em relação à dívida do IPTU, que está desde 2020, diz respeito a uma loja de Campo Grande, localizada na rua Marechal Rondon. A ação movida pela Prefeitura da Capital tramita na Justiça desde setembro de 2022. 

Por Evelyn Thamaris  – Jornal O Estado de Mato Grosso do Sul.

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