Sindicato convoca produtor interessado em crédito de carbono

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“Grandes empresas como Movida, Amazon, Gol Linhas Aéreas, eventualmente estão em busca da compra desses ativos ambientais. Nossa finalidade é intermediar e ajudar o produtor rural a encontrar soluções no mercado e criar uma renda extra na atividade, que fará toda a diferença”, explica o presidente do SRCG, Sindicato Rural de Campo Grande, Rochedo e Corguinho Alessandro Coelho. Diante desta nova realidade o SRCG passa a receber demandas de produtores rurais interessados na comercialização de crédito de carbono, a partir deste mês de novembro. A iniciativa tem por finalidade reunir o máximo de pecuaristas e agricultores, que tenham RL – Reserva Legal ou APP – Áreas de Preservação Permanente, para que suas florestas sejam somadas, chegando a um montante ideal a ser comercializado, que deve ser de no mínimo 15 mil hectares.

O Sindicato com apoio de uma empresa ambiental, responsável pela avaliação das propriedades rurais e criação do projeto, para possível comercialização. Nesta etapa a empresa avalia todas as características da vegetação, bem como as emissões de captura de carbono. “Nada mais é que um levantamento que nos direciona, apontando se essa área serve para se chegar ao valor de mensuração do crédito que ela gera”, esclarece Leandro Martins, da Produzza Agroambiental.

Fora da parceria com o SRCG, a empresa já soma comercializações concretizadas. Mas o principal desafio da Produzza, é justamente colocar essas áreas de diferentes propriedades, em um só contrato. “Mato Grosso do Sul tem muita reserva, há uma aptidão muito grande para esse perfil de negócio. Só na minha tutela, que viraram cotas de reserva, já são 184 mil hectares, que participarão dos contratos”, completa Martins. Apesar da lei referente à compensação de crédito de carbono ainda não ser regulamentada no Brasil, o co-fundador da MSI Partners, Marcelo Sampaio, garante que quem sai na frente, bebe água limpa. “Não se sabe como será o texto final da lei. Pode ser que obrigue as empresas a compensarem suas emissões ou não. Atualmente as empresas procedem de forma voluntária, mas sabemos que a tendência é de as exigências sejam cada vez maiores”, esclarece Sampaio.

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