Negociações estreitam laços entre locadores e locatários em período de crise econômica
“A procura por aluguel ainda está muito bem durante a pandemia. Para reajustes, o setor espera apenas para 2021 e de algo em torno de, entre 5% a 10%. Mais que isso, eu também não acredito pois, a pandemia afetou muito a nossa economia.” O relato é de Odailton Souza, corretor de imóveis de Campo Grande que, mesmo depois de o IGP-M (Índice Geral de Preços-Mercado) ter acumulado uma inflação de 2,92% na segunda prévia de outubro e de 20,56% no acumulado dos últimos 12 meses, segundo a FGV (Fundação Getúlio Vargas), aponta que o setor vai optar por segurar os reajustes até o próximo ano.
Segundo Marcos Augusto Netto (“Magoo”), presidente do Secovi-MS (Sindicato da Habitação de Mato Grosso do Sul), a pandemia trouxe consigo a necessidade de adaptação e no setor imobiliário não foi diferente. Por isso destaca que, mesmo com os reajustes que deveriam ter acontecido durante este ano, na maioria dos casos foram negociados. Mesmo assim, para aqueles que optaram por aplicá-lo, o índice levado em conta foi a inflação e não o IGP-M, que normalmente é usado no reajuste de contratos de aluguel no país.
“Os reajustes levam como base a variação dos últimos 12 meses, então eles acontecem durante todo o ano em algumas imobiliárias, mas o que influenciou no aluguel foi o preço do material de construção e o dólar, além do IGP-M que subiu novamente. Mesmo assim, devemos lembrar que com a pandemia, o nosso setor utilizou da negociação para garantir melhores resultados, algumas vezes os contratos já estavam até defasados, mas a saída foi a de buscar o equilíbrio na relação locatícia”, pontuou.
(Texto: Michelly Perez)
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