Setor de veículos retrocederá 15 anos no Brasil, diz presidente da Fiat

As montadoras foram atingidas em cheio pela crise causada pelo coronavírus. No Brasil, a demanda por veículos pode cair até 40% este ano, para 1,8 milhão de unidades. “Vamos retroceder 15 anos”, afirmou na última semana Antonio Filosa, presidente da Fiat Chrysler Automóveis (FCA) para a América Latina.

O executivo também afirmou que o grupo não tem “nenhuma intenção” de deixar o mercado brasileiro. Segundo ele, a montadora manterá os investimentos de R$ 14 bilhões em novas fábricas, produtos e serviços no País. Esses aportes, que estavam previstos para ser concluídos até 2024, deverão ser esticados até 2025.

A cadeia automotiva está em negociações com o governo e o Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para negociar liberação de crédito às empresas do setor. “A Anfavea (associação que reúne as montadoras) está trabalhando com o governo (para recursos para reforçar o caixa) e recebendo respostas positivas”, afirmou.

É o “x” da questão. Tivemos, em abril, queda de 90%, enquanto o mês de maio caminha para retração de 70% a 75%. No terceiro trimestre, a demanda deve cair entre 40% e 50% e, no quarto, de 20% a 30%. Assim, devemos fechar o ano com venda de 1,8 milhão de veículos, queda de 40% sobre 2019. Vamos retroceder 15 anos no nosso mercado, na soma do ano. Outro dado interessante é o da produção. A de abril foi menos de 2 mil unidades na indústria automobilística toda. Um dado tão baixo que leva a 1957.

(Texto: Folha de S. Paulo com IstoÉ)

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