Setor da construção civil sente cenário melhor e prevê 2º semestre mais aquecido

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Segmento no póspandemia sofreu com a elevação dos materiais de construção. Foto: Nilson Figueiredo

Profissionais do segmento confirmam estabilização nas taxas e acomodação nos preços da Capital

Ao que tudo indica, 2024 será um bom ano para o setor da construção civil. Afinal, com estabilização nas taxas e acomodação nos preços, como afirmam profissionais do setor, a população retoma a confiança em investir e, automaticamente, se lançam novamente nas construções já no 1º semestre. Com o aquecimento da economia, o 2º semestre se mostra ainda mais promissor e otimista na Capital sul-mato-grossense.

O presidente do Secovi/MS (Sindicato da Habitação de Mato Grosso do Sul), Geraldo Paiva, explica que a construção civil no pós-pandemia sofreu com a elevação dos materiais de construção, explicada pela redução na produção pela indústria e aumento no número de construções residenciais. “Os preços vieram se acomodando e atualmente estão se aproximando das médias históricas. A mão de obra teve aumento também pelo aquecimento das obras e em nosso Estado, pela ativação de grandes indústrias como usinas de álcool e de celulose. Para estas indústrias, grande parte da mão de obra é de outra região ou estado. O juros alto é um grande inibidor na produção residencial, pois deixa de dar acesso à boa parte da classe média e baixa. A redução gradativamente dos juros permitirá que estas classes retornem ao mercado em busca de moradia”, argumenta Paiva.

Ainda conforme o presidente da Secovi, o programa Minha Casa Minha Vida, se disponibilizado os recursos, darão salto na produção e consequentemente ao ramo da construção civil, afinal, como avalia, a procura por moradias tem sido alta. “O mercado imobiliário tem ótimas perspectivas para 2024 pela redução do juros e ampliação do Minha Casa Minha Vida”, destacou.

O presidente da Acomasul (Associação dos Construtores de MS), Acomac (Associação dos Comerciantes de Material de Construção) e Sindiconstru (Sindicato Com Varej Atac Materiais de Construção), Diego Canzi, explica que os materiais de construção, por exemplo, seguem uma tendência de estabilização. “O INCC (Índice Nacional de Custo da Construção) acumulado dos últimos 12 meses está em 3,2%. Esta estabilização com pouca tendência de alta favorece a Construção Civil”, afirma o presidente das entidades do ramo.

Materiais de construção

No depósito Cunha Materiais Para Construção, localizado na rua da Divisão, o sócio proprietário, Edval Cunha, 54, afirma que a perspectiva é positiva e que o mercado tem sentido uma aquecida. A previsão é que o segundo semestre de 2024 seja melhor. “A taxa de juros está baixando e com isso, a gente acredita que vai dar uma melhorada. Ainda está aquecendo, ainda não está aquecido. Mas, a tendência é que no 2º semestre a gente acredita que fique melhor”,

Voltada a classe C e D, o volume de vendas na loja Cunha Materiais, em 2024, passa de pelo menos 100 pessoas ao dia. Conforme pontua Cunha, o que as pessoas mais têm procurado são materiais como tijolo, vendido a R$ 0,99 a unidade e R$ 990 o milheiro. A areia é comercializada a R$ 485 os cinco metros, já a pedra a R$ 700 os cinco metros e o cimento a R$ 34,90 à vista. “A gente percebe que tá saindo bastante o básico ainda, o pessoal está iniciando as obras. Isso é bom porque é sinal de que as pessoas estão começando e consequentemente vão ter novas obras e a finalização dessas. A gente percebe que tá saindo bem”, finaliza o empresário.

Por Julisandy Ferreira.

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