Serviços mantêm PIB positivo e impacta mercado em MS

Foto: Divulgação
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No Estado, setor já responde por R$ 37,4 bilhões em receita anual

O setor de serviços voltou a ser o principal motor da economia brasileira no segundo trimestre de 2025, garantindo avanço de 0,6% em relação aos três primeiros meses do ano e sustentando o resultado positivo do PIB, que cresceu 0,4% no período. Os dados foram divulgados nessa terça-feira (2) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

A alta, ainda que moderada, confirma o peso dos serviços na atividade nacional, segmento que representa cerca de 70% do PIB pelo lado da oferta. Entre os destaques estiveram as atividades financeiras e de seguros (2,1%), informação e comunicação (1,2%) e transportes, armazenagem e correio (1%).

A indústria também mostrou reação, com expansão de 0,5%, impulsionada sobretudo pelas indústrias extrativas, que cresceram 5,4%. Já a agropecuária teve retração de 0,1%, após forte alta no início do ano.

Levantamento recente do IBGE mostrou que o setor de serviços cresceu quase 50% no Estado em dez anos, tanto em número de empresas quanto em geração de receita. Entre 2014 e 2023, o total de companhias saltou de 16 mil para quase 23 mil, enquanto a receita bruta dobrou, alcançando R$ 37,4 bilhões no ano passado. “O crescimento dos serviços no país é sentido de maneira prática aqui no Estado. É o setor que mantém o comércio em movimento e sustenta a economia como um todo, tornando-se cada vez mais estratégico para Mato Grosso do Sul”, avalia a presidente da FCDL-MS (Federação das CDL’s de Mato Grosso do Sul), Inês Santiago.

Em termos de emprego, o Estado também acompanha a expansão: em 2023, o setor empregava 168 mil pessoas, 22% a mais do que dez anos antes. Atividades de transporte e serviços prestados às famílias lideraram a geração de vagas.

Com esse desempenho, Mato Grosso do Sul ocupa hoje a 15ª posição no ranking nacional do setor, responsável por 1,1% da receita do país.

Dentro das expectativas
O avanço de 0,4% da economia brasileira no segundo trimestre de 2025 veio em linha com as projeções da Secretaria de Política Econômica do Ministério da Fazenda, que já esperava uma desaceleração em relação ao crescimento de 1,3% registrado nos primeiros três meses do ano. Apesar de o resultado ter ficado dentro do previsto, ele ficou abaixo da estimativa de julho, quando o ministério projetava alta de 2,5% para o ano.

Segundo a secretaria, a desaceleração mais acentuada no segundo trimestre e os efeitos da alta da taxa de juros sobre consumo e produção conferem à previsão nacional um “leve viés de baixa”.

Ainda assim, o mercado de trabalho segue resiliente, com a geração de emprego e renda, o pagamento de precatórios e a expansão do crédito consignado ao trabalhador podendo sustentar a atividade econômica nos próximos meses.

No cenário internacional, o desempenho brasileiro também se mantém relevante, entre os países do G-20 que já divulgaram o PIB do segundo trimestre, o Brasil ficou na nona posição na comparação com o trimestre anterior e na sexta posição na comparação anual e no acumulado de quatro trimestres.

Por Djeneffer Cordoba

 

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