A carne da ave é vendida por cerca de R$ 9,49, enquanto uma dúzia de proteína chega a custar R$ 13,98 para o consumidor
Até pouco tempo, o ovo era considerado uma das proteínas mais acessíveis no prato do brasileiro. No entanto, devido à inflação do alimento, que subiu mais de 15% segundo o levantamento do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), os ovos são mais caros que um quilo de frango nos supermercados de Campo Grande. Conforme pesquisa de preços da Cesta Básica do jornal O Estado , realizada em seis estabelecimentos na sexta-feira (21), essa diferença já é óbvia.
Uma cartela de ovos com 12 unidades é vendida, em média, por R$ 13,08. O menor preço encontrado pela reportagem foi de R$ 11,90, mas, em outros negócios, o valor chega a R$ 13,98. Enquanto isso, o frango congelado é vendido entre R$ 9,49 e R$ 13,99. A diferença de preço entre as duas proteínas é de 25,40%, considerando os preços mínimos dos produtos.
Nos revendedores, cortes suínos como a paleta vêm se tornando uma alternativa econômica para os consumidores. Para levar a carne para casa, o cliente desembolsa, em média, R$ 16,74. O menor preço do corte encontrado foi R$ 14,99, enquanto o maior valor chegou a R$ 18,90 nos pontos de revenda, representando um acréscimo de 26% de um mercado para outro.
Na pesquisa de preços desta semana, o pacote de arroz (Tio Lautério) com 5 kg foi localizado com preços entre R$ 19,95 e R$ 25,99, resultando em uma variação de 30,28% para o consumidor final. Já um produto que apresentou ficou significativo foi o achocolatado (Nescau) de 370 g. Em alguns estabelecimentos, ele é vendido por R$ 4,79, enquanto, em outro mercado, o valor cobrado é de R$ 12,49. Essa disparidade representa um aumento de até 160%.
Higiene e limpeza
Os preços do papel higiênico (Neve) apresentaram uma variação de 47%, sendo encontrados por valores entre R$ 18,90 e R$ 27,79. O creme dental (Colgate) foi encontrado por R$ 4,55 em três supermercados mapeados pela pesquisa, enquanto o preço mais caro chegou a R$ 6,45. Já o sabonete (Lux) de 90 g, custando entre R$ 1,89 e R$ 2,90, apresentou uma variação de 53% entre os estabelecimentos.
Na seção de produtos de limpeza, o sabão em pó (OMO) com 1,6 kg é vendido entre R$ 21,90 e R$ 28,90. Já o sabão em barras com cinco unidades é comercializado entre R$ 9,99 e R$ 14,99. O detergente de 500 ml custa entre R$ 2,29 e R$ 2,99.
O que explica o aumento?
Segundo a ABPA (Associação Brasileira de Proteína Animal), o aumento nos preços do ovo deve ao crescimento do consumo nos lares nesta época do ano. O setor argumenta que essa alta é sazonal e ocorre especialmente no início do ano, durante o período da Quaresma, quando há maior demanda devido à substituição do consumo de carne vermelha por carnes brancas e ovos. Além disso, o aumento da temperatura em produtos regionais contribuiu para a redução da produção das matrizes poedeiras.
“Neste ano, porém, houve outras situações que pressionaram o preço do produto. A primeira delas é a alta do preço do milho, que acumula mais de 40% de aumento desde março do ano passado. Outro fator é o calor extremo. Há relatos de granjas com reduções nos níveis de produtividade em cerca de 10% devido aos impactos do calor nas aves”, informa a nota.
Por Suzi Jarde
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