Desempenho do primeiro semestre contou com impulsão da indústria de transformação em 5,9%, liderado pelo aumento de 9,8% na fabricação de comestíveis
Mato Grosso do Sul tem diminuído traços de grande fazenda, através do pleno desenvolvimento das indústrias. Potente e amplamente conhecido pela produção de soja e boi, o Estado agora se destaca também pela industrialização. A afirmativa é parte dos números contidos em pesquisa divulgada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), denominada PIM-PF (Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física) de março de 2024, aponta um crescimento de 3,4% na produção física da indústria de MS até junho deste ano, se comparado com o mesmo período de 2023. A partir disso, O Estado assume a 9ª posição no ranking de crescimento entre os estados brasileiros analisados. No fim do primeiro semestre de 2024, sobretudo, o setor foi impulsionado pela chamada indústria de transformação 5,9% , liderado pelo aumento de 9,8% na fabricação de comestíveis.
Os números do Estado quanto ao desempenho das indústrias foram maiores que a média nacional, que ficou em 2,6%. Os dados foram determinantes para destacar que MS está entre os 10 maiores estados industriais do Brasil, e assume a 9ª posição, integrando agora rol de estados que possuem comprovadamente plena expansão industrial.
Além do setor alimentício, destacou ainda a produção de celulose, papel e produtos de papel, que registrou um acréscimo de 1,3% e a fabricação de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis também mostrou uma elevação, com um aumento de 5,9% na variação acumulada do ano, comparando-se ao mesmo período do ano anterior.
Conforme destacou o secretário da Semadesc (Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação), Jaime Verruck, os números positivos são resultados de esforços constantes. “Demonstra que a política industrial adotada pelo Mato Grosso do Sul nos últimos anos têm apresentado resultados. O Estado foca a captação de investimentos externos para o Mato Grosso do Sul baseado numa política de incentivo fiscal, em estrutura de ambiência de negócios favorável, onde existe um processo de atração de investimentos, mas também de implantação e acompanhamento desses empreendimentos”, argumentou sobre os resultados.
Um dos pontos que Verruck também destaca, é a agregação de valor às matérias primas locais. “Os dados mostram isso e se configura na ampliação do setor de bioenergia, na expansão do setor de proteína animal. E aí nós estamos falando de um segmento que está desenvolvendo a suinocultura, avicultura e agora piscicultura de forma mais sustentável. Também é uma confirmação de agregação de valor na indústria de base florestal, que a produção de celulose. Então esse conjunto de atividades é que tem permitido ao Mato Grosso Sul se posicionar estrategicamente como um lugar atrativo para a indústria, mas uma indústria que tem vantagens comparativas significativas”, enfatizou.
Exportações da indústria
No quesito exportações, no acumulado de janeiro a junho de 2024, houve uma variação de 0,32% no valor exportado da indústria de transformação em relação ao mesmo período do ano passado.
De US$ 2,7 bilhões em 2023 para US$ 4,1 bilhões em 2024. Entre os cinco principais produtos exportados estão a celulose, a carne bovina fresca, refrigerada ou congelada, farelos de soja, açúcares, melaços e gorduras e óleos vegetais.
A indústria extrativa seguiu a mesma tendência positiva, com uma alta percentual de 17,89% totalizando US$ 178,2 milhões., 2 milhões. O destaque se dá pelo produto minério de ferro e seus concentrados.
Por Julisandy Ferreira