Com gasolina a R$ 7,19 em Corumbá, Procon pede inquérito contra distribuidoras no interior

Reprodução/Agência Brasil
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Com o preço do barril de petróleo superior a U$ 100, Mato Grosso do Sul ainda não sofreu o impacto econômico do conflito ocorrido no Leste Europeu nos últimos dias. Mesmo assim, as distribuidoras de combustível não conseguem explicar o motivo do preço subir no interior do Estado, conforme diz o Superintendente do Procon-MS (Superintendência para Orientação e Defesa do Consumidor), Marcelo Salomão.

O chefe do órgão estadual informa que Campo Grande tem o melhor preço de combustíveis entre as capitais do Centro-Oeste. Porém, existe uma ação paralela do Procon em cidades do interior, responsável por pesquisar a diferenciação do valor que as distribuidoras cobram sobre os produtos.

A gasolina comum vendida nos postos de combustíveis de Mato Grosso do Sul já chega ao patamar de R$ 7,19, conforme pesquisa feita pela ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis), entre os dias 20 e 26 de fevereiro.

Segundo a pesquisa, a gasolina comum está entre R$ 6,23 e R$ 6,49 na Capital. O maior preço é em Corumbá, onde o valor máximo é de R$ 7,19 e a taxa mínima paga pelo consumidor  nos postos de combustíveis é de R$ 7,13. Em Coxim, a gasolina comum está entre R$ 6,78 e R$ 6,91, uma variação de 1,92%.

Marcelo Salomão – Foto:Willian Leite/O Estado Online

”As distribuidoras não conseguem explicar a diferença de preço na Capital e interior. Foi solicitado ao MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) que abra um inquérito civil, para apurar se existe caso de prática abusiva por parte das distribuidoras que atuam no Estado”, explicou Salomão.

Em Dourados, o valor da gasolina foi encontrado de R$ 5,99 a R$ 6,68, uma variação de 11,52%, com valor médio de R$ 6,30. Em Ponta Porã, o produto foi encontrado de R$ 6,45 a R$ 6,91, alta de 7,13%. A média calculada foi de R$ 6,79. Por fim, a pesquisa também foi realizada em Três Lagoas, onde a gasolina variou de R$ 6,55 a R$ 6,94, elevação de 5,94%, no bolso do consumidor.

Redução o preço dos combustíveis

Nesta quarta-feira (2), o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), anunciou que colocou na pauta de votação, um pacote de projetos de lei que busca reduzir o preço dos combustíveis.

Segundo reportagem da Folhapress, um dos projetos prevê a criação de uma conta de estabilização usada para amortecer oscilações nos preços dos combustíveis, em especial devido a variações nos valores internacionais do petróleo. As fontes de financiamento seriam receitas com royalties de petróleo, participações especiais e dividendos pagos pela Petrobras à União.

Outra proposta estabelece que os estados terão a opção de criar uma alíquota única de ICMS (Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) sobre os combustíveis. Mas, enquanto isso não for implementado pelos governadores, o imposto sobre o diesel e o biodiesel deverá ser cobrado sobre uma base de cálculo definida, obtida pela média móvel dos últimos cinco anos.

Com informações do repórter Willian Leite e da Folhapress.

 

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