Consumo
Além do produto, batata também registrou queda de acordo com pesquisa
Indo de encontro com as expressivas altas do tomate registradas no mês de setembro, na Capital, agora o produto foi encontrado com preço até 58% mais barato numa comparação semanal. Em relação ao período de um mês, a vantagem para o consumidor chega a atingir 56%. Os dados são referentes à pesquisa realizada pela reportagem, semanalmente.
A redução do custo do tomate se mostra um fato recente nos levantamentos feitos pelo jornal O Estado. A variação de março a setembro, por exemplo, apresentou um encarecimento do produto em 177,3%, no período. Neste mês, apesar do valor ainda estar aquém do esperado, a diferença reflete uma elevação menor que o dobro do preço praticado no início do ano.
Na semana passada, o quilo do alimento era vendido a R$ 8,49 no supermercado Nunes. Agora, no mesmo lugar, é possível comprar o fruto por R$ 3,69. Isto é, uma queda de 58% apenas no período citado. Na apuração do valor mais caro e o mais barato, encontrados nas unidades varejistas visitadas, a diferença de preço pode chegar a quase 76% entre um estabelecimento e outro.
Já no espaço de um mês, o item perdeu ritmo na ascensão dos custos e também apareceu com valores mais acessíveis. Na mesma loja mencionada anteriormente, o valor do tomate era de R$ 8,49 na segunda semana de outubro. Agora, o menor preço foi visto por R$ 3,69, redução de 56,5%.
Segundo a economista do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), Andreia Ferreira, fatores relacionados ao clima interferem na produtividade do alimento, que acaba afetando os custos.
“As altas e diminuições do tomate estão ligadas à questão da safra. Esse fruto depende do tipo e das condições climáticas. Se a temperatura ficar mais amena ou frio, demora mais para amadurecer. Se há calor ou chove demais, prejudica a colheita. Ou seja, a temperatura é uma das grandes variáveis que determina o preço do tomate”, explicou Ferreira.
Somado a isso está a velocidade de maturação do tomate que, de acordo com o Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), vem ocorrendo de forma lenta e gerando sobras, o que abaixa os preços do produto de acordo com a pouca demanda dos consumidores.
Batata
Além do tomate, outro alimento que também obteve recuo foi a batata. Em um mês, os preços chegaram a cair 52,4%. No Pires, o valor do quilo em outubro era de R$ 4,85. Nesta semana, o mesmo produto podia ser comprado por R$ 3,75. Em relação à semana passada, a maior queda foi de 36,2%. Antes, o pacote de um quilo custava R$ 4,69, e agora, vale R$ 2,99.
Diferença entre lojas
Outro dado importante verificado na pesquisa é a diferença de preços entre os supermercados da Capital. Uma das maiores é atribuída à cebola, alimento encontrado por R$ 1,85, o quilo, em um local, e R$ 3,69 em outro, variação de 99,5%. Ainda, o pão francês também teve discrepância notável, custando R$ 10,98 em um supermercado, e R$ 16,98, o quilo, em outro.
Texto (Felipe Ribeiro)