Preço dos combustíveis em MS leva Procon a pedir inquérito do MPE

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Foto: José Cruz/Agência Brasil

O Procon-MS (Superintendência para Orientação e Defesa do Consumidor) irá solicitar ao MPE (Ministério Público Estadual) a abertura de um inquérito civil para apurar os valos dos combustíveis no Estado. A medida foi adotada após receber respostas das distribuidoras de combustíveis em relação aos  preços cobrados dos consumidores.

Segundo o Procon, no início de fevereiro, em conjunto com o MPE se reuniram com representantes dos postos de combustíveis e distribuidoras para tratar sobre a equalização dos preços praticados em Mato Grosso do Sul, mediante os incentivos fiscais dados pelo governo do Estado.

Em Campo Grande, entre 27 de janeiro e 2 de fevereiro, foram visitados 38 postos de combustíveis, enfocando preços em diversas modalidades (à vista em dinheiro, cartões de débito e de crédito) de produtos como gasolina comum e aditivada, etanol e diesel S 500 e S 10, totalizando 15 itens pesquisados.

Na rota dos postos da Saída para São Paulo a maior variação encontrada foi de 17,927% no diesel S500 no débito, sendo o maior valor de R$ 6,19 no Posto Savana e o menor valor de R$ 5,24 no Posto Pororoca XVIII. 

A menor variação foi de 8,671% na gasolina comum no dinheiro e débito, sendo o maior valor de R$ 6,78 no Posto Pialzinho e o menor valor de R$ 6,23 nos Postos Posto Pororoca VI e Posto Vitória Locatelli.

Já na Rota Três Barras a maior variação foi de 11,247% no etanol no dinheiro e débito, sendo o maior valor de R$ 5,45 no Posto Ideal (Posto Fortaleza) e o menor valor de R$ 4,89 no Posto Emanuelle e Posto União.

A menor variação foi de 4,777% na gasolina aditivada – dinheiro, débito e crédito, sendo o maior valor de R$ 6,79 no Posto Emanuele, Auto Posto Prêmio e Posto União e o menor valor de R$ 6,48 nos Auto Posto Nações Indígenas.

Entretanto, as distribuidoras informaram que seguem as diretrizes de mercado e que a composição dos preços que é repassados aos postos é formada por diversos elementos, como custo de armazenamento do produto, custo do transporte nos diversos modais e os custos operacionais.

O superintendente do Procon-MS, Marcelo Salomão, tem atuado na fiscalização no preço dos combustíveis, com objetivo de garantir ao consumidor um valor justo e destacou que as respostas não foram satisfatórias.

“O Procon nunca se furtou de debater o custo dos combustíveis com as partes envolvidas. Nesse momento de aumento nos valores queremos sanar qualquer ponto em relação a composição do valor final. Nós reconhecemos a liberdade de mercado. Entretanto, ainda há questões que não foram esclarecidas. Com a ajuda do Ministério Público vamos analisar a situação”, explicou.

(Com assessoria)

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