Preço do quilo da cebola dispara e acumula alta de 149,57% nos supermercados da Capital

Cebola
Foto: Valentim Manieri

Os três produtos que mais encareceram faz parte do setor de hortifrúti

Em 2022, o preço dos alimentos pesou no bolso dos brasileiros. Em Campo Grande, o quilo da cebola está entre os produtos que mais encareceu, chegando a acumular 149,57%, de janeiro a novembro, conforme dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Em seguida está a batata inglesa como o principal produto que mais subiu (70,87%); banana teve aumento de 50,82% no ano, e melancia, de 44,69%.

Segundo explica a economista do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), Andréia Ferreira, vários fatores influenciaram para este aumento. “O que impactou nos preços dos alimentos foi o aumento nos custos de produção como os fertilizantes, agrotóxicos e combustíveis. Além disso, o aumento de energia elétrica e água que, por fim, chega ao bolso dos consumidores”, explica.

“Nos casos citados, a variação do dólar frente ao real é um elemento não desprezível nessa conta. Há fatores também pelos quais não temos de imediato, nenhum ou pouco controle como as variações climáticas”, explica Andréia.

No entanto, a economista afirma que é preciso que o Governo Federal mude as práticas em relação ao meio ambiente. “Entre todos esses fatores, tem a omissão do governo que não adotou qualquer política anticíclica para resolver o problema da inflação, como fez o desfavor de sucatear a estrutura da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), especialmente nas funções de estoques e regulação de preços”.

“Atualmente, temos 33 milhões de pessoas no mapa da fome. Não é possível ficarmos refém do mercado”, saliente Ferreira.

Cesta básica

A Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos realizada mensalmente pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos mostra as altas desiguais do conjunto de alimentos em Campo Grande. O conjunto de alimentos está saindo pelo valor de R$ 738,53, sendo considerada a 5° mais cara entre as 17 capitais.

Na pesquisa, a Capital teve variação mensal de 0,67%, já em comparação ao ano foi de 15,15% e em 12 meses teve a variação de 14,47%. Sendo assim, o valor da cesta básica para uma família, composta por quatro pessoas fica em R$ 2.215,59.

Em relação ao salário mínimo, o tempo médio necessário para adquirir os produtos da cesta básica na Capital era de 134 horas e 04 minutos. E, o comprometimento do salário mínimo líquido para aquisição de uma cesta básica para uma pessoa adulta, chegou a 65,88% dessa renda.

Arroz com ovo custa pelo menos R$ 23 para o bolso do consumidor

O arroz com ovo tem ficado cada vez mais caro para o consumidor. Pesquisa de preço realizada pelo jornal O Estado, mostrou que a combinação custa, pelo menos, R$ 23,78.

No Atacadão, o arroz Tio Lautério (5 kg) está sendo vendido por R$ 17,79 no Atacadão, e por R$ 19,98 no Nunes (12,31%). O custo médio foi calculado em R$ 18,69. O feijão, Bem Tevi, de 1 kg, foi encontrado por R$ 6,99 no Atacadão e no Pires, e por R$ 9,89, no Nunes. O produto variou 41,49% entre um supermercado e outro, e obteve custo médio de R$ 7,86.

A dúzia de ovos está sendo vendida por R$ 5,99 no Nunes e por R$ 10,99 no Pão de Açúcar. Neste caso a variação foi calculada em 83,47% e custo médio de R$ 8,54. O óleo, Concórdia, de 900 ml, está R$ 6,99 no Atacadão e R$ 8,89, no Nunes (27,18%). O valor médio é de R$ 7,57.

O quilo do frango congelado custa R$ 10,90 no Fort Atacadista e R$ 18,69 no Pão de Açúcar (71,47%), com valor médio de R$ 15,16. No setor de hortifrúti, o quilo do tomate foi encontrado por R$ 5,69 no Fort e R$ 10,99 no Nunes. A diferença entre um estabelecimento e outro é de 93,15%, com preço médio de R$ 8,79.

Para o café da manhã, o pão de forma da marca Saborzitos, é encontrado por R$ 5,99 no Fort e R$ 10,99 no supermercado Nunes (83,47%). Em média, o consumidor vai precisar desembolsar R$ 8,86 para comprar o produto.

A manteiga, de 500 gramas, da marca Qualy, está sendo vendida nas prateleiras entre R$ 7,69 e
R$ 10,99 (42,91%). O custo médio é R$ 9,21.

Por Marina Romualdo – Jornal O Estado do MS.

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