Preço do arroz dispara e nas prateleiras varia entre R$ 22,79 e R$ 26,99

Foto: Berlim Caldeirão
Foto: Berlim Caldeirão

Chuvas no Rio Grande do Sul impactam no custo

Pesquisa divulgada recentemente pela Abras (Associação Brasileira de Supermercados) mostrou que um dos produtos que tiveram alta nos preços praticados em 2023 foi o arroz. Cenário que também foi confirmado, conforme estudo semanal realizado pela equipe de reportagem do jornal O Estado, que comparou os custos do produto em seis supermercados da Capital.

Conforme a pesquisa, o preço médio pago pelo arroz Tio Lautério 5 kg é de R$ 23,37. Contudo, a pesquisa na hora da compra se faz necessária, já que, dependendo do supermercado, o custo varia entre R$ 21,98 e até R$ 26,99. 

Cabe destacar que esta não é uma exclusividade de Mato Grosso do Sul, uma vez que a situação de alta nos últimos meses se repetiu pelas prateleiras dos supermercados de todo o país, em que, segundo a Abras, o aumento no que é considerado como um dos principais itens do prato dos brasileiros já passou dos 16%, nos últimos doze meses. 

 

Fatores da alta

Conforme o economista André Braz, da FGV Ibre, o cenário foi influenciado por alguns fatores. Dentre os motivos para o preço subir estão a redução da exportação e o período da entressafra

“Primeiro, é uma redução do volume de exportações da Índia. Para proteger o mercado, eles reduziram o volume de exportação para que o preço na Índia caísse. Mas isso desabastece o mundo. A outra questão tem a ver com a entressafra. A gente está num período de entressafra do arroz aqui, no Brasil. Então encontrar o grão está um pouco mais difícil e as cotações também aumentam por conta disso”, argumentou.

Outra razão para o preço alto foram as chuvas e os ciclones que atingiram o Rio Grande do Sul, nos últimos meses. O Estado é o maior produtor de arroz do país. Os temporais atrapalharam a colheita e atrasaram o plantio da próxima safra.

Cabe destacar que na pesquisa do mês de setembro, do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), o quilo do arroz agulhinha ficou mais caro em 15 capitais, em setembro. As altas ficaram entre 0,62%, em Recife, e 7,25%, em Campo Grande. Houve diminuição em Vitória (-0,70%) e Salvador (-0,34%).

Em 12 meses, todas as cidades apresentaram elevação de preços, com destaque para as variações acumuladas em Goiânia (23,08%), Curitiba (21,85%) e Campo Grande (21,60%). A menor oferta, o maior nível dos preços internacionais e a demanda firme explicam os aumentos. 

 

Outros itens

A pesquisa do jornal O Estado também comparou os valores de outros itens da cesta básica e indicou que o preço médio pago pelo feijão 1 kg da marca Bem-Te-Vi foi de R$ 5,06, tendo o menor custo a R$ 4,85 e o maior a R$ 5,49. Outro item da cesta básica analisado foi o óleo de soja 900 ml da marca Concórdia, cujo valor médio foi de R$ 4,97 e o custo mínimo de R$ 4,65 e o máximo de R$ 5,59. Para quem costuma comprar açúcar refinado de 1 kg da marca União, o preço médio aplicado foi de R$ 6,20. Tendo como custo mínimo o valor de R$ 5,79 e o máximo de R$ 6,99. 

Também tido como um dos queridinhos dos brasileiros, o café obteve um custo médio de R$ 16,07 para o item da marca Três Corações, com 500 gramas. Na comparação entre os supermercados, o produto foi localizado a R$ 13,79 e até R$ 16,98. Indispensável para o café da manhã de muitos, o leite integral de 1 litro, da marca Italac, teve um valor médio de R$ 5,09. Contudo, foi encontrado a R$ 3,99 e a R$ 5,99 nos supermercados pesquisados. Além disso, o pão de forma (Saborzitos) foi identificado com um preço médio de R$ 8,66, tendo sido encontrado com custos entre R$ 7,29 e R$ 9,15. 

Diferença também se fez presente na comparação com os preços praticados no segmento de limpeza. O papel higiênico Neve (12 rolos) foi encontrado com um custo médio de R$ 23,34, com mínimo de R$ 18,90 e máximo de R$ 26,50. Além disso, o sabão em barra (com 5 unidades) da marca Ypê obteve custo médio de R$ 11,23, tendo sido encontrado a R$ 9,90 e a R$ 13,75. Ainda se tratando de itens de limpeza, o detergente líquido 500 ml Ypê foi encontrado com um custo médio de R$ 2,50, com os preços variando entre os R$ 2,15 e os R$ 2,89. Em situação semelhante foi identificada a esponja de aço, cujo preço médio foi de R$ 3,02, e valores entre os R$ 2,59 e R$ 3,29.

Entre as frutas, verduras e hortaliças, o maior custo ficou por conta do tomate, cujo preço médio foi de R$ 6,41, além de ter tido preço máximo de R$ 7,49 e mínimo de R$ 4,99. A cebola obteve uma média de R$ 6,20, ao custar entre R$ 5,49 e R$ 7,39. Nas carnes, a pesquisa levou em conta os preços do frango congelado de 1kg, que obteve um custo médio de R$ 9,67, ao ser encontrado a R$ 7,99 e até R$ 12,15. Nas carnes vermelhas, o preço médio do coxão mole a vácuo (1 kg) foi de R$ 31,92. A pesquisa identificou que o produto está sendo comercializado com custos entre R$ 27,98 e R$ 36,90. 

Com isso, foi possível observar que, nesta semana, uma compra de 28 itens variou entre R$ 242,37, no Fort Atacadista, até R$ 284,88, no Supermercado Pires. Confira na tabela as variações de todos os produtos.

 

Por – Michelly Perez

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