Mais de R$ 32 milhões já foram devolvidos a aposentados e pensionistas de Mato Grosso do Sul que tiveram descontos indevidos em seus benefícios previdenciários, segundo levantamento do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social). Ao todo, 45.199 beneficiários no Estado receberam os valores em conta até o dia 20 de outubro. Outros 45.398 segurados já aderiram ao acordo firmado pelo Governo Federal, o que corresponde a 65,96% dos 68.826 aptos a participar da restituição neste momento.
Para ampliar o alcance da medida, o Governo Federal prorrogou até 14 de fevereiro de 2026 o prazo para que aposentados e pensionistas solicitem a devolução dos valores cobrados irregularmente. O anúncio foi feito durante sessão da CPMI do INSS pelo deputado Paulo Pimenta (PT-RS) e será oficializado pelo ministro da Previdência Social, Wolney Queiroz.
O objetivo é permitir que mais segurados consigam registrar o pedido de reembolso, especialmente aqueles que ainda enfrentam dificuldades para acessar os canais de atendimento. Em todo o país, cerca de 3,7 milhões de pessoas já foram ressarcidas, somando R$ 2,5 bilhões pagos. O governo estima que outros 4,8 milhões ainda possam requerer a devolução.
Os descontos indevidos foram identificados pela Operação Sem Desconto, conduzida pela Polícia Federal e pela CGU (Controladoria-Geral da União), que revelou fraudes em Acordos de Cooperação Técnica entre o INSS e entidades associativas.
Entre as entidades investigadas está a AASAP (Associação de Amparo Social do Aposentado e Pensionista), suspeita de utilizar um sistema de biometria adulterado para validar descontos. O empresário Igor Dias Delecrode, representante da associação, foi convocado pela CPMI, mas permaneceu em silêncio amparado por habeas corpus concedido pelo STF (Supremo Tribunal Federal).
Os pedidos de ressarcimento podem ser feitos pelo site ou aplicativo Meu INSS, com login no Portal Gov.br, pelo telefone 135 (de segunda a sábado, das 7h às 22h) ou em agências dos Correios, que oferecem o serviço gratuitamente em mais de 5 mil unidades.
Por Djeneffer Cordoba
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