O índice de famílias endividadas ficou estável no mês de dezembro do ano passado, em Campo Grande. Conforme os dados da PEIC (Pesquisa de Endividamento e Inadimplência das famílias) realizada pela CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo) o número de endividados atinge 60,5% das famílias da Capital.
De acordo com o levantamento, o cartão de crédito continua na liderança absoluta como a principal fonte de endividamento dos campo-grandenses (64,3%) seguido por carnês (22,6%), crédito pessoal (9,8%), financiamento de carro (8,1%), financiamento de casa (7,6%), entre outras dívidas.
Os endividados com contas em atraso correspondem a 29,8% dos entrevistados e os que não terão condições de pagar as dívidas somam 12,9%. Em números absolutos, são 17.800 famílias endividadas em dezembro, seja com cartões de crédito, cheque especial ou cheque pré-datado.
A pesquisa mostra também que 16,6% das famílias estão com as contas em atraso. Em média, 67 dias de atraso para o pagamento das dívidas, que significa que o endividado está com 35 semanas comprometidas com as dívidas.
As famílias entrevistadas também pontuaram que, considerando o total da sua renda mensal comparado com a parcela comprometida com dívidas mensais, como cartões de crédito, fiados, carnês de lojas e seguro, têm o registro de 26,6% do comprometimento médio.
Consequências econômicas
Conforme o levantamento, saber das consequências econômicas e sociais do endividamento das famílias é crucial para acompanhar a tendência do endividamento e proceder a um estudo sistemático da natureza e dimensão do endividamento.
Com efeito, o endividamento põe em questão o equilíbrio orçamental do indivíduo ou dos seus agregados familiares, com as importantes implicações sociais e psicológicas, como a marginalização e a exclusão, problemas psíquicos, alcoolismo, dissolução das famílias, perturbações da saúde física e mental dos filhos das famílias endividadas, etc.
Além das fortes implicações econômicas em termos pessoais e familiares, e dos graves problemas psicológicos e sociais que lhe estão associados, não se pode esquecer dos efeitos do endividamento sobre o setor real da economia.
Por Marina Romualdo – Jornal O Estado do MS
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