Movimento nos postos de combustíveis cai com aumento da gasolina

Os postos de combustíveis de Campo Grande já estão sentindo os reflexos do primeiro aumento da gasolina no ano. Em razão do último anúncio feito pela Petrobras, de elevação de 7,6% nas refinarias, os postos tiveram queda entre 20% e 40% no movimento.

De acordo com o Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo e Lubrificantes de Mato Grosso do Sul (Sinpetro-MS), o mercado é de livre concorrência, ou seja, cada revendedor tem suas planilhas de custos e decide como e quando repassar o preço final aos consumidores. No entanto, aparentemente, boa parte dos postos de combustíveis já atribuíram o novo preço, que vale tanto para gasolina comum como para a aditivada.

No posto Shell V-Power Santa Rita de Cássia, situado na Avenida Calógeras, o fluxo de chegada e saída de carros caiu 40% de antes do último reajuste até agora. “Essa sequência de aumentos está prejudicando. Nós tentamos colocar em um valor bom, mas acabamos ficando em cima do muro. A gente não perde, nem ganha”, diz a líder de pista, que preferiu não ter o nome divulgado.

O valor já foi reajustado na última quarta-feira (20). De R$ 4,69 subiu para R$ 4,74. No Posto Albatroz, na Avenida Costa e Silva, o movimento também está escasso. De acordo com a gerente Sylvia Aguiar, após a alteração de preço, cerca de 40% dos motoristas deixaram de abastecer. “Caiu, em média, 4 mil litros por dia. Até o dia 24 de dezembro eram vendidos 12 mil litros por dia”, ressalta.

No local, o preço saiu de R$ 4,66 para R$ 4,77. Ou seja, aumento de R$ 0,11. Já no Alloy, posto de combustível localizado na Rua Rui Barbosa, a quantidade de abastecimentos teve retração de 20%. Segundo o gerente, que preferiu não se identificar, os valores ainda não foram alterados.

O combustível está sendo vendido por R$ 4,59 no dinheiro e R$ 4,74 no crédito. No posto Kátia Locatelli, situado na Avenida Salgado Filho, a quantidade de veículos caiu entre 30% e 40%. “Já trabalhamos com a margem de lucro baixa, então, temos de repassar o valor. Não tem jeito”, relata o líder de pista do local, que preferiu não se identificar.

Outro posto que teve queda, em média, de 20% é o Vitória Ltda., na Avenida Costa e Silva. A alteração no custo foi de R$ 0,12 para mais. De R$ 4,65 foi para R$ 4,77. Conforme informado pelo gerente Jeferson Silva, antes eram vendidos até 9 mil litros por dia. Depois do aumento repassado para o consumidor, está saindo em torno de 7 a 8 mil litros.

(Texto: Izabela Cavalcanti)

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *