Mercado imobiliário: Capital reage e tende a normalizar

Após alta expressiva nos custos do material, preços devem equilibrar

Mesmo em um ano atípico como o de 2020, com alta que superou em 150% os preços dos materiais de construção, o mercado imobiliário tem se mostrado fortalecido e inicia o ano a todo vapor. É o que aponta o presidente do Sindicato de Habitação de Mato Grosso do Sul (Secovi-MS), Marcos Augusto Netto.

Não paramos. Muitas pessoas aproveitaram e fizeram pequenas reformas, ajustes, ampliações em 2020. Tudo isso foi criando consumo formiguinha. Algumas fábricas pararam a produção pela pandemia. Como elas ficaram paradas houve falta de material. Mas acreditamos que a partir deste mês ou fevereiro vai normalizar o mercado”, ressalta.

Em setembro, foi registrado aumento expressivo de até 145% no preço dos materiais de construção, como é o caso dos tubos de PVC e tubos corrugados. O cimento subiu 40%, o aço 25%, tubo de concreto 15%. Já o tijolo teve reajuste de mais de 10%, entre outros materiais. O levantamento foi feito pelo Sindicato Intermunicipal da Indústria da Construção do Estado de Mato Grosso do Sul (Sinduscon- -MS), em parceria com a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC).

O motivo dessa elevação na época foi decorrente de eventuais prejuízos causados pela pandemia. Além das altas, algumas mercadorias ficaram em falta nas lojas, como é o caso dos tijolos.

Mesmo com isso, na avaliação de Netto, a construção civil foi o setor que teve menos perdas neste período pandêmico, pois as obras não pararam, gerando contratação de mão de obra, segundo ele. “Algumas obras tiveram problemas, mas estamos conversando e entendemos que será normalizado e poderemos recuperar prazos e a falta temporária de alguns materiais. Ou seja, o consumidor final não terá prejuízos”, acrescenta.

Para se ter uma ideia, mesmo com o ano de pandemia, o volume de financiamento imobiliário em Mato Grosso do Sul cresceu 60% de janeiro a dezembro, se comparado ao mesmo período de 2019. A informação foi repassada pelo superintendente de rede da Caixa Econômica no Estado, Márcio Nunes Fonseca. Ainda de acordo com Fonseca, o percentual representa negociação de mais de mil imóveis e ele espera que a quantidade seja maior para 2021.

(Texto: Izabela Cavalcanti e Rosana Siqueira)

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