Na passagem de outubro para novembro deste ano, os dois indicadores do mercado de trabalho da Fundação Getulio Vargas (FGV), registraram piora significativa. O Indicador Antecedente de Emprego (Iaemp), que busca antecipar tendências do mercado de trabalho nos próximos meses com base em entrevistas com consumidores e empresários da indústria e dos serviços, recuou 0,4 ponto em novembro, para 84,5 pontos, em uma escala de zero a 200 pontos.
Esta foi a primeira queda do indicador depois seis altas consecutivas. “O cenário para os próximos meses, com elevada incerteza, principalmente sobre a velocidade da retomada da economia brasileira após o fim dos benefícios do governo, é desafiador e sugere que ainda não é possível vislumbrar uma recuperação robusta no curto e médio prazo”, disse o economista da FGV Rodolpho Tobler.
O Indicador Coincidente de Desemprego (ICD), que mostra a avaliação dos consumidores sobre a situação atual do desemprego, subiu 3,2 pontos e atingiu 99,6 pontos, o maior nível desde maio deste ano.
O ICD tem uma escala invertida de 200 a zero pontos, o que significa que, quanto maior a pontuação, mais negativa é a avaliação sobre o mercado de trabalho.
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