O estudo de viabilidade técnica-econômica que subsidiará o processo de relicitação da Malha Oeste será concluído até fim de abril. A informação foi dada ontem (4) pelo Minfra (Ministério da Infraestrutura) aos governos de Mato Grosso do Sul e São Paulo. Com isso, avançam os trâmites para a reativação do trecho ferroviário com mais de 1.973 km, saindo de Corumbá (MS) com destino a estão de Mairinque (SP).
A estruturação ferroviária é realizada pelo consórcio “Nos Trilhos de Novo”, composto por quatro empresas e liderado pela Latina Projetos Civis e Associados. O projeto foi contratado por meio do CAF (Banco de Desenvolvimento da América Latina) e inserido no PPI (Programa de Parcerias de Investimentos) do Governo Federal.
“Esse estudo vai definir o nível e o tempo de investimento necessário, qual o prazo e o volume de carga estabelecido para sua reativação. Após a entrega em abril, já no mês de maio faremos uma consulta pública para apresentar o projeto às empresas interessadas, entidades e estados”, esclareceu o titular da Semagro (Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar), Jaime Verruck.
De acordo com o secretário, MS já possui demandas específicas com relação ao projeto. “Vamos reivindicar que a concessão da Malha Oeste seja ampliado de 30 para 40 ou 45 anos. Entendemos que, devido ao investimento necessário, uma concessão menos do que a proposta não é suficiente. Isso também dará maior atratividade para a relicitação”, informou.
Governo estadual quer apoio para revitalização da Malha Oeste
Malha Oeste
Inicialmente NOB (Noroeste do Brasil) – depois assumida pela falida RFFSA (Rede Ferroviária Federal) –, a Malha Oeste já passou por diferentes empresas após processo de privatização que não resultou em sua plena recuperação.
Até julho de 2020, era gerida pelu grupo Rumo Logística, de adminsitração de ferrovias brasileiras, mas agora será relicitada com prazo até o próximo ano.