Linhas de investimentos tiveram queda de 25% neste ano em MS

Foto: Diretor-técnico da
Confederação Nacional
da Agricultura, Bruno
Lucchi/Vagno Valência - Agro Agência
Foto: Diretor-técnico da Confederação Nacional da Agricultura, Bruno Lucchi/Vagno Valência - Agro Agência

Foram R$ 5,42 bilhões na Safra anterior para R$ 4,09 bilhões neste ano 

As contratações das linhas de investimentos de crédito rural diminuíram 25% em Mato Grosso do Sul, no Plano Safra 2022/2023. O percentual representa R$ 5,42 bilhões na Safra anterior para R$ 4,09 bilhões na atual. Os dados foram apresentados pelo diretor-técnico da CNA (Confederação Nacional da Agricultura), Bruno Lucchi, no sábado (24), último dia de Interagro 2023, em Campo Grande.

Em relação a queda nos investimentos, Lucchi explica que tem duas explicações. “Uma das hipóteses analisadas sobre essa queda nos investimentos foi por causa que o governo reduziu os investimentos no Brasil. E a outra seria porque o produtor sofreu como alto custo de produção que foi muito elevado, um ambiente político tumultuado, commodities agrícolas caindo , com isso o produtor bota o pé no freio e espera para investir”, disse em entrevista ao jornal O Estado.

O custeio neste ano apresentou valor de R$ 14,01 bilhões. Já em 2021/2022 o calculo foi de R$ 12,04 bilhões. Quanto à comercialização ficou no valor de R$ 1,83 bilhões no ano passado, e R$ 2,48 bilhões referente a 2022/2023. Para a agroindústria o valor apontado foi R$ 120,47 milhões contra R$ 268,97 milhões.

O ticket médio saiu de R$ 530,96 mil para R$ 609,36 mil. “O ticket médio da região já é maior que a média do Brasil. É um aumento razoável, mostrando também as altas no custo de produção. Esse aumento ocorre também porque a safra passada foi uma das mais cara dos últimos anos. Quem comprou adubo, até sal mineral, os valores eram absurdos”, explicou durante palestra na Interagro.

MS é referência 

Para Bruno, Mato Grosso do Sul tem sido referência na economia do Brasil. “MS tem sido uma das referências que temos no Brasil, com grandes empresas, cadeias bem estruturadas, profissionais empenhados e capacitados independente do porte do negócio. É um estado que tem o agro como um dos principais pilares da economia, apesar de também sofrer com problemas de regulamentação na categoria e outros problemas nacionais”, enfatizou.

Brasil 

Em nível nacional, o crédito rural do Plano Safra 2022/2023 chegou a R$ 318,7 bilhões. Os financiamentos de custeio tiveram aplicação de R$ 189 bilhões. Já as contratações das linhas de investimentos totalizaram mais de R$ 84,2 bilhões. As operações de comercialização atingiram R$ 30,8 bilhões e as de industrialização, R$ 14,5 bilhões.

De acordo com a análise da Secretaria de Política Agrícola do Mapa (Ministério da Agricultura e Pecuária), foram realizados 1.750.788 contratos no período de 11 meses, sendo 1.266.243 no Pronaf e 190.240 no Pronamp.

Os valores contratados pelos pequenos e médios produtores em todas as finalidades (custeio, investimento, comercialização e industrialização) foram, respectivamente, de R$ 49 bilhões no Pronaf e de R$ 45,2 bilhões no Pronamp. 

Os demais produtores formalizaram 294.305 contratos, correspondendo a R$ 224,4 bilhões de financiamentos contratados nas instituições financeiras.

A região Sul continua com o destaque nos financiamentos do Plano Safra, com R$ 104,5 bilhões. 

O estado do Rio Grande do Sul lidera o ranking das contratações na região, com 44% das contratações, seguido pelo Paraná, com 41%. O Centro-Oeste está em segundo lugar no desempenho do crédito, com R$ 88,3 bilhões, sendo que Mato Grosso e Goiás respondem por 76% das contratações da região.

Por Suzi Jarde  – Jornal O Estado do MS.

Confira mais notícias na edição impressa do Jornal O Estado do MS.

Acesse também as redes sociais do O Estado Online no Facebook e Instagram.

 

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *