Obra da nova ponte vai agilizar transporte de cargas entre MS e Paraná
Mais um passo foi dado para a evolução das etapas do processo de construção da ponte que ligará Mato Grosso do Sul ao Paraná. Nesta semana, os governadores dos dois estados se reuniram para discutir sobre o andamento das tratativas a respeito da obra.
A partir disso, foi solicitado à Itaipu, empresa com papel decisivo na área de contribuição, a elaboração e o custeio do EVTEA (Estudo de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental). Com o encontro, houve sinais satisfatórios quanto à execução do projeto preliminar da ponte. De acordo com Jaime Verruck, que é secretário da pasta de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar, de MS, e estava presente na reunião, outras questões ainda serão analisadas.
“O governador Reinaldo Azambuja e o governador Carlos Ratinho fizeram esse pedido à Itaipu. Houve uma sinalização positiva de que o estudo terá apoio. Por enquanto, não existem intenções de custeio, pela Itaipu, para a construção da ponte. Mas, provavelmente, há uma discussão com o Ministério da Infraestrutura, governo federal, os dois governos estaduais e a empresa, buscando essa viabilização”, explicou o secretário.
Jaime Verruck também recordou sobre a autorização do EVTEA feita pelo ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, em abril deste ano. Desde então, não houve notícias sobre a liberação da contratação para a realização do processo, que culmina na elaboração do projeto executivo.
O EVTEA é um estudo que apresenta dados de viabilidade para saber se os benefícios decorrentes da obra compensam os custos de sua realização. Por meio do trabalho, é possível obter informações sobre o valor da construção, avaliar os impactos em diversos âmbitos, entre outros recursos.
Empreendimento
Estimada em R$ 850 milhões, a ponte facilitará os transportes entre os dois estados e vai gerar economia para as empresas que dependem das vias da região. O trecho da obra deve ligar o município de Taquarussu ao estado paranaense. Com isso, haverá uma redução de 80 quilômetros nos percursos, uma vez que, atualmente, é necessário ir até o Estado de São Paulo para acessar o Paraná, tendo de usar as vias que passam sobre a barragem Sérgio Motta e de Rosana.
Outro ponto que reforça a necessidade da ponte está relacionado ao tráfego de carros e caminhões pela Usina Hidrelétrica Rosana. No local, mais de 1.500 veículos transitam diariamente, volume que ultrapassa a capacidade da via.
(Felipe Ribeiro)