“Hoje MS é uma referência para o Brasil, a partir do bioma do Pantanal”, disse o governador do Pará

Foto: Alberto Gonçalves
Foto: Alberto Gonçalves

A estratégia de alinhar preservação com a produção de alimento que vai para o prato de milhares de brasileiros, é um protagonismo que Mato Grosso do Sul assume soberanamente. Essa é uma das principais contribuições do Estado para a Conferência do Clima da ONU (COP 30), na cidade de Belém, em novembro. Mas antes, autoridades e especialistas se reuniram ontem (30) em Bonito, para discutir o papel de Mato Grosso do Sul.

“Mato Grosso do Sul é uma referência para o Brasil, a partir do bioma do Pantanal”, assim discursou o governador do Pará – estado que será a casa da COP 30 – Helder Barbalho. “Uma referência de buscar, construir e fortalecer a economia verde. o exemplo da liderança do Mato Grosso do Sul no reflorestamento, na valorização do ativo florestal a partir da celulose, na estratégia também de biocombustível para que nós possamos diversificar a matriz energética”, ressaltou sobre as potencialidades de MS.

Ao ser questionado sobre a relevância do Estado sul-mato-grossense, Barbalho frisou que avalia o modelo de desenvolvimento do Estado correto e sustentável. “ Concilia as vocações, busca conciliar a lógica da produção alimentar com preservação e, com isto, fazer com que o Brasil prossiga na estratégia de ser protagonista na preservação do meio ambiente e, também, sendo líder na produção de alimentos para o mundo”, pontuou.

Presente no Fórum, o ex-presidente da República, Michel Temer, afirmou que o estado do Pará e o Mato Grosso do Sul “são a força motriz para a preservação do meio ambiente”. “O meio ambiente interessa ao setor público e privado, ou seja deve ter todos envolvido como é previsto na Constiruicao de 1988”, acrescentou.

O governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel, comentou que um dos objetivos do encontro é justamente passar uma mensagem para a sociedade de que o desenvolvimento é quem gera oportunidade a todos.

“E esse desenvolvimento, aqui no Estado, está em premissas que se traduzem em meio ambiente de maneira muito forte. Não tem como dissociar, desde a estratégia da montagem da governança do governo, até a implementação de política pública para o desenvolvimento. O que se quer, ao final do dia, é oportunidade de emprego, de renda, de bem-estar social, para as pessoas que estão, às vezes, distante dessa discussão, mas que vão sofrer os efeitos de todo esse processo”, avaliou Riedel.

“Pra falar do Brasil, tem que conhecer o Brasil”

A ex-ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, falou no painel “Desenvolvimento Econômico e Sustentabilidade: Um Equilíbrio Possível”, no Fórum Lide. Em seu discurso de apresentação, ela comentou sobre o Brasil assumir a responsabilidade e o protagonismo. Evidenciando que o mundo conhece o país, muitas vezes, somente questões do desmatamento.

A COP30 é uma oportunidade para que o Brasil fale com o mundo a partir do Brasil. E isso exige pragmatismo, ciência, realismo e ambição estratégica”, afirmou. Izabella criticou abertamente o que chamou de cinismo climático e pediu que o país assuma seu papel como provedor de soluções.

“O Brasil precisa deixar de ser visto como troublemaker e se posicionar como solution maker. Nós temos todos os elementos: biodiversidade, matriz energética limpa, agricultura competitiva, paz interna e recursos naturais estratégicos.”

Campo Grande não ficou de fora

O presidente da Câmara Municipal de Campo Grande, vereador Papy, também participou do Fórum LIDE COP 30 – Bonito. Representando o Legislativo da Capital de Mato Grosso do Sul, Papy se juntou a outras lideranças como senadores Nelsinho Trad e Soraya Tronicke, e membros da bancada federal, além do ex-presidente da República Michel Temer e ex-governador de São Paulo, João Dória. O fórum abordou questões ligadas à transição energética, à economia verde e ao protagonismo do Brasil na agenda climática global.

A presença do presidente da Câmara reforça o compromisso do Legislativo municipal com pautas de interesse global que impactam diretamente a vida nas cidades. “Campo Grande não pode ficar de fora dessas discussões. Estamos aqui para contribuir, aprender e trazer para nossa Capital ideias e soluções que respeitem o meio ambiente e impulsionem o desenvolvimento sustentável”, afirmou o vereador Papy.

 

Por Alberto Gonçalves e Suzi Jarde

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