Com um aumento de 0,27% nos serviços de habitação em Campo Grande no mês de outubro de 2021, a pesquisa mensal do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), pode indicar mais um aumento nos aluguéis da Capital, que segundo os estudos já foi reajustado em 2,89% no mês passado.
Para o presidente do Secovi (Sindicato de Habitação de Mato Grosso do Sul), Marcos Augusto Netto, apesar dos índices, o aluguel segue uma linha própria. “O aluguel segue a lei da oferta e procura, se você tem uma boa oferta de imóveis, tem também um preço equilibrado, quanto menos interferir nas taxas de mercado mais atrativo será para novos investidores”.
Porém, segundo o economista, Cleiton Lopes, independente da forma que é cobrado o imposto, incluso no valor total do aluguel ou fracionado, o reflexo irá direto para o locatário. “Em muitas vezes o ajuste anual do aluguel é utilizado estes índices o qual sofreram grande alta em 2021. Ocorre que o acumulado do IGPM para 2021 supera 20% de aumento, e esta conta irá impactar ainda mais em 2022.”
Mesmo após a decisão de não reajustar o IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano), em 10,05% para 2022, o grupo da habitação contribuiu para uma alta inflacionária das famílias de baixa renda, principalmente 3,7% do gás de botijão e de 0,9% do aluguel. Os resultados foram apresentados pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada).
Ainda segundo o presidente, a decisão de não reajustar o IPTU é bem vista pelo setor imobiliário. “O IPTU não interfere, até mesmo porque já tivemos aumentos maiores, agora é importante destacar que foi uma decisão significativa, até porque não temos esse aumento de 10% em outros lugares da economia, isso é bem visto não só pelo setor imobiliário”, explica.
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