O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de setembro em Campo Grande foi de 0,46%, 0,19 ponto percentual (p.p.) acima da taxa de agosto (0,27%). É o segundo mês consecutivo de inflação após o registro de deflação em junho (-0,14%) e julho (-0,12%). No ano, o índice de Campo Grande acumula alta de 3,54% e nos últimos 12 meses, 4,69%.
Em setembro de 2022, a inflação de Campo Grande foi de -0,22%. No Brasil, o IPCA registrou 0,26%, ficando 0,03 ponto percentual (p.p.) acima da taxa de agosto (0,23%). No ano, o IPCA nacional acumula alta de 3,5% e, nos últimos 12 meses, de 5,19%. Em setembro de 2022, a variação havia sido de -0,29%.
Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, sete tiveram alta em setembro, sendo o maior impacto (0,42 p.p.) e a maior variação (1,96%) de Transporte. Na sequência, vieram Habitação (0,72%), Vestuário (0,57%) e Saúde e cuidados pessoais (0,41%), contribuindo com 0,11 p.p., 0,02 p.p. e 0,05 p.p, respectivamente.
Os preços de Despesas pessoais (0,30%), Educação (0,24%) e Comunicação (0,07%) foram os outros aumentos de setembro. Os grupos de Artigos de residência (-0,59%) e Alimentação e bebidas (-0,81%) registraram as duas quedas do mês.
Preços da Alimentação no domicílio caem e os da alimentação fora do domicílio sobem
O grupo de Alimentação e bebidas registrou a quinta queda seguida (-0,81%). A Alimentação no domicílio (-1,34%) teve forte influência (-0,21 p.p.), compensando o aumento na Alimentação fora do domicílio (0,79% e impacto de
0,04 p.p.). No lado das altas, os destaques foram maçã (11,59%), alho (6,4%), mandioca (6,35%) e laranja (4,24%). Por sua vez, houve queda nos preços do mamão (-15,09%), ovo de galinha (-10,84%), feijão-carioca (-10,42%), e da
batata-inglesa (-10,05%).
Gás de botijão e aluguel contribuíram para alta no grupo habitação
Em Campo Grande, o grupo Habitação teve alta de 0,72% em setembro, desacelerando se comparado ao mês anterior (1,06%). As maiores altas vieram dos subitens gás de botijão (3,46%), aluguel residencial (1,61%) e amaciante e alvejante (1,02%). Já no lado das quedas, se destacaram os subitens: cimento (-2,77%), sabão em barra (-1,67%) e saco para lixo (-1,65%).
Produtos farmacêuticos sustentam alta do grupo Saúde e cuidados pessoais
A alta de Saúde e cuidados pessoais (0,41%) deve-se ao resultado do subgrupo dos produtos farmacêuticos, que passaram de 0,43% em agosto para 1,35% em setembro. Houve alta nos preços do antigripal e antitussígeno (3,03%), vitaminas e fortificante (2,77%) e antidiabético (2,70%). As principais quedas ficaram com os subitens óculos de grau (-2,16%), artigos de maquiagem (-2,10%) e perfume (-1,78%).
Grupo Transportes tem o maior impacto no aumento do IPCA de setembro
O grupo Transportes teve alta de 1,96%, com impacto de 0,42 p.p. no índice, influenciado pela alta em diversos itens e subitens. O aumento de 4,31% nos combustíveis, sendo 4,11% na gasolina e 11,8% no óleo diesel teve forte influência no aumento. A gasolina acumula aumento de 15,91% no ano, já o diesel acumula queda de 2,96%.
Também teve grande aumento os subitens passagens aéreas (15,65%) e automóvel usado (1,98%). Por outro lado, houve queda nos preços do pneu (-4,4%) e do ônibus interestadual (-3,23%). O grupo acumula alta de 6,41% no ano e de 7,44% nos últimos 12 meses.
Vestuário registra alta puxada pelos subitens sandália e short feminino
O grupo Vestuário apresentou alta de 0,57% no mês de setembro. Contribuíram para o resultado do mês os subitens sandália/chinelo (2,53%), bermuda/short feminino (2,46%) e vestido infantil (1,91%). As maiores quedas vieram dos subitens sapato masculino (-2,81%), lingerie (-2,27%) e do item joias e bijuterias (-1,37%).
Após retomada em agosto (0,99%), o grupo Artigos de residência teve variação mensal de -0,59% em setembro. Os subitens com maiores quedas foram móvel infantil (-2,84%), tapete (-2,75%) e roupa de cama (-2,59%). Na contramão, as maiores altas foram encontradas em reforma de estofado (1,86%) e móvel para quarto (1,68%). Nos últimos 12 meses, a variação acumulada desse grupo é de -1,46%.
Na capital sul-mato-grossense, após recuperação em agosto (0,34%), o grupo Despesas Pessoais teve aumento de 0,30% em setembro. A variação foi influenciada pelos seguintes subitens: pacote turístico (2,52%), cinema, teatro e
concertos (2,25%), manicure (1,85%) e sobrancelha (1,58%). No lado das quedas, os destaques foram bicicleta (-2,87%) e serviço de higiene para animais (-1,14%).
Caderno tem a maior variação no grupo Educação em setembro
Após apresentar variação de 0,78% em agosto, o grupo Educação apresentou variação de 0,24% em setembro. Esse resultado foi influenciado pelo aumento dos seguintes subitens: caderno (2,56%), atividades físicas (2,25%) e livro não didático (2,16%).
No lado das quedas, o único subitem que apresentou variação negativa foi autoescola (-2,01%). O grupo Comunicação apresentou variação de 0,07% em setembro, influenciado pelo aumento do subitem aparelho telefônico (0,36%).