Fim das aulas em autoescolas pode causar perda de R$ 14 bilhões na economia

Foto: Detran-MS
Foto: Detran-MS

Nesta terça-feira (2), a Comissão de Viação e Transporte discute sobre o futuro dos motoristas

Debates em torno do fim das aulas obrigatórias nas autoescolas e sobre o futuro dos novos motoristas, podem gerar um prejuízo de R$ 14 bilhões no ano na economia brasileira. Além de impactar na geração de emprego, conforme dados mapeados pela Feneauto (Federação Nacional das Autoescolas).

Nesta terça-feira (2) e quarta-feira (3), o tema ganha proporções de debate ainda maiores, quando a Comissão de Viação e Transportes da Câmara dos Deputados discute, o fim da obrigatoriedade de cursar autoescola para obter a CNH (Carteira Nacional de Habilitação).

Além dos impactos na economia, a Feneauto calcula ainda a perda de 300 mil empregos diretos e indiretos, afetando assim milhares de famílias. E pontua ainda sobre as responsabilidades na direção do volante. “Deterioração da segurança no trânsito, com o risco de aumento de acidentes e mortes, sobrecarregando o SUS. A Feneauto alerta ainda para o perigo de desmonte de uma rede que hoje garante padrão mínimo na formação de condutores e gera empregos formais”, avalia em nota.

A audiência que discute o fim da obrigatoriedade de cursar autoescola para tirar a CNH está marcada para às 10h (horário de Brasília), e será interativa podendo os interessados enviar perguntas. Estão confirmados a participação do Secretário Nacional de Trânsito, Adrualdo de Lima Catão; o Diretor-Presidente da Associação Nacional dos Detrans (AND), Marcelo Soletti; e o Procurador Jurídico da Feneauto, Jean Rafael Sanches.

Redução de custos
A proposta que prevê alterações no processo de habilitação de veículos, prevê a retirada da exigência de carga horária mínima de 20 aulas teóricas e 45 práticas nas autoescolas, permitindo que o candidato escolha como se preparar para os exames obrigatórios.

Segundo informações do Ministério dos Transportes, a medida poderia reduzir os custos do processo de habilitação, hoje acima de R$ 3 mil, em até 80% para as categorias A (motocicletas) e B (carros de passeio). O objetivo seria ampliar o número de motoristas habilitados e reduzir a condução sem formação adequada.

Por outro lado, o deputado Leônidas Cristino – que solicitou o debate – pondera que a ausência de treinamento prévio ministrado por profissionais pode aumentar o risco de acidentes. “As aulas, por si só, não garantem que o candidato esteja apto, mas são os exames obrigatórios que atestam se a pessoa realmente possui as competências necessárias para dirigir com segurança”, afirma.

Por Suzi Jarde

 

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