Estado tem 2º maior salto do país em extinção de empresas

Ministério da Economia apontou 4,4 mil lojas fechadas em 4 meses

Mato Grosso do Sul encerrou o primeiro quadrimestre deste ano com o segundo maior avanço do país em fechamento de empresas, segundo Mapa de Empresas do Ministério da Economia. Na comparação com os resultados apontados no terceiro quadrimestre de 2019, o crescimento foi de 4,6%, perdendo apenas para o Amazonas (5,5%).

De janeiro a abril, 4.423 empresas foram fechadas no Estado. Com a criação de 14.387 empreendimentos, o saldo para o período é positivo (9.964) e as expectativas do setor de habitação são promissoras.

Segundo o levantamento, os resultados do primeiro quadrimestre deste ano consolidam o Estado com pelo menos 256.507 empresas ativas.

Cabe lembrar que o Centro-Oeste obteve o maior número de empresas fechadas por região do país, com 32.297 e variação de -0,6% na comparação com o terceiro quadrimestre de 2019.

Seguindo a tendência nacional, os destaques de setores com as atividades econômicas mais exploradas foram: cabeleireiros, manicure e pedicure; comércio varejista de artigos do vestuário e acessórios; promoção de vendas; e obras de alvenaria, acompanhados pelos restaurantes e similares.

Quando se observam os números apresentados para a criação de cooperativas, Mato Grosso do Sul, com apenas 9 abertas, apresentou a maior queda do período, de -69% em relação ao terceiro quadrimestre de 2019.

Mesmo com tal cenário, o presidente do Secovi-MS (Sindicato da Habitação de Mato Grosso do Sul), Marcos Augusto Netto, afirmou que a retração contrariou as expectativas para o setor, que após a reforma e revitalização da Rua 14 de Julho esperava um cenário mais favorável. Contudo, pontuou que tais expectativas serão observadas com a retomada e a reinvenção do comércio da Capital.

“Tivemos dois fatores que influenciaram a tais resultados em Campo Grande: a reforma do Centro, que prejudicou por algumas semanas o tráfego de pessoas e provocou uma onda de empresários saindo da região, e a pandemia, que é algo inesperado. A situação só se agravou. Mas precisamos esperar, temos o nosso Centro se reinventando, a Capital adotou nos últimos anos um sistema de descentralização, com isso, o comércio dos bairros ganhou mais força e isso tende a ajudar na recuperação”, destacou.

No acumulado dos últimos 12 meses, o Estado contabilizou a criação de 42.398 empresas, com o fechamento de 12.986 e um saldo positivo de 29.412.

Com um tempo total estimado em 2 dias e 4 horas, Mato Grosso do Sul ocupa a sétima posição no ranking de tempo necessário para a abertura de empresas. Pelo menos 1 dia e 4 horas são destinados para a viabilização e apenas 1 dia para o registro.

No recorte geográfico, o Centro-Oeste é a região que apresenta o menor tempo para abertura de empresas (1 dia e 14 horas), diminuição de 1 dia e 3 horas (41,5%) em relação ao último quadrimestre de 2019.

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(Texto: Michelly Perez/Publicado por João Fernandes)

 

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