Sistema remoto gera ‘corrida’ às lojas e esgotam estoques de webcams

No início da pandemia, a procura por álcool gel e máscaras de proteção foi acompanhada pela venda de itens de informática, que chegou a aumentar até 20% em Campo Grande, provocando o desabastecimento de webcams, as câmeras para computadores. Se de um lado os clientes aumentam as buscas por tais aparelhos, do outro os empresários comemoram as vendas, presenciais e on-line, que ajudaram a minimizar os impactos econômicos do novo coronavírus.

A procura por assistência técnica de computadores também cresceu. Diego Rodrigues, gerente de vendas da Suprimac, localizada na Vila Glória, pontuou que as vendas tanto de móveis para escritório quanto de itens de informática seguraram os impactos provocados pela pandemia. “Realmente a venda de móveis e informática aumentaram consideravelmente, tanto é que o primeiro item que sumiu do mercado foi a webcam, que está prevista para retornar ao mercado no final de julho ou início de agosto. A linha de móveis de escritório, impressões e cartuchos para impressoras está vendendo muito. Nossa linha de mobiliários e as cadeiras tiveram um aumento significativo de até 20% nas vendas com o pessoal trabalhando em casa”, explicou.

Questionado sobre o transporte de tais mercadorias, o gerente de vendas afirma que somente no caso da webcam os prazos de entrega foram prorrogados. Todos os demais itens estão sendo entregues conforme o esperado e, por isso, não há possibilidade de falta. Mesmo assim, os produtos ficam mais caros por causa da alta demanda e da cotação do dólar. “Estamos com entregas normais. Tivemos um pequeno problema em março e início de abril, mas nada alarmante. O único produto que sumiu mesmo do mercado foram as webcams, mas também tivemos uma alta do dólar, que puxou os preços dos produtos de informática em pelo menos 30% a 40%. Antes tínhamos produtos comercializados por R$ 57 e atualmente custam R$ 90, um aumento significativo”, pontuou.

Heliene Priscilla, gerente de vendas da loja matriz da Zornimat, situada no Centro de Campo Grande, afirmou que enquanto as vendas de outros itens apresentaram retração após a chegada da pandemia, produtos para computadores e mobiliário de escritório mantiveram a demanda, principalmente nas vendas on-line. “Em razão da pandemia tivemos uma aceleração nas vendas desses itens e o nosso delivery pelo site vem crescendo muito. As vendas têm se mantido boas nesta área, muitas pessoas estão melhorando ou instalando equipamentos para acesso ao trabalho em home office ou aulas on-line. Além disso, muitos estão se atualizando, seja para trabalho ou diversão e jogos. Em março e abril vendemos todo o nosso estoque de webcams. Tínhamos quatro modelos e até nos nossos fornecedores o estoque zerou. Hoje, mesmo custando o dobro, não conseguimos repor o estoque”, destacou Heliene.

Serviços de assistência técnica também têm demanda maior A procura por serviços de assistência técnica para computadores também aumenta, conforme constata Thyago Freitas, analista de suporte técnico da Microart, localizada na Vila Glória. Segundo ele, o conserto é a escolha de quem não quer ou não pode investir em um computador novo. “Com a pandemia, notei que a demanda de produtos de informática dobrou. Webcams, toners, cartuchos, acessórios, teclado, mouse, monitor. E na primeira semana chegamos a ficar sem webcams, mas resolvemos e agora estamos bem abastecidos. Além disso, aumentou a procura por assistência em computadores que estavam parados.

Entre os problemas mais identificados estão computadores que não ligam, limpeza e manutenção preventiva e upgrades. Como muitas pessoas ficaram de quarentena e home office, preferiram tentar reativar computadores sem uso em casa, talvez por economia mesmo ou pelo fato de não saberem se isso ia durar muito ou pouco tempo”, opinou.

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(Texto: Michely Perez/ publicado no site por Karine Alencar)

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