Mesmo com recuo na comparação com os números registrados em novembro, Campo Grande fechou dezembro com nível de endividamento em queda, (passando de 61,6% para 59,5%). Os dados são da PEIC (Pesquisa de Endividamento e Inadimplência dos Consumidores), desenvolvida pela CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo) e mostram que a Capital fechou o ano com 193.366 famílias endividadas. Na comparação, com o mesmo mês de 2019 (60,1%), o resultado de 2020 representa uma queda de 0,6%.

Já o total de inadimplentes, ou seja, aqueles com dívidas em atraso, soma 112.638 pessoas, com leve aumento em relação a novembro. Deste montante, 37.242 famílias não têm nem condições de pagar as contas.

De acordo com a análise da Fecomércio, 26,2% dos entrevistados apontaram que estão muito endividados com cheques pré-datados, cartões de crédito, carnês de lojas, empréstimo pessoal, prestações de carro e seguros. Assim como 20,9% que afirmam estar pouco endividados e 40,5% que afirmam não ter dívidas desse tipo.

Cartão é o vilão

Contudo, o grande vilão da adimplência ficou por conta das dívidas no cartão de crédito (76,9%), acompanhado pelos carnês (29,8%), por financiamento de carros (12,6%), crédito consignado (9,0%), financiamento de casas (8,0%), cheque especial (7,8%) e crédito pessoal (3,1%). Com tal cenário, 33,7% dos entrevistados, acreditam que não terão condições de pagar essas contas atrasadas no próximo mês. Acompanhados por outros (19,7%) que esperam quitar, mesmo que parcialmente, as suas dívidas, e diferente dos 19,2% que destacam ter condições de pagar seus débitos no próximo mês.

Liquidações

Enquanto o endividamento das famílias recua, o comércio aposta nas promoções para zerar os estoques que ainda estão nas lojas. Em vários magazines do centro, e nos shoppings ocorrem liquidações para todos os gostos e bolsos. O comércio está oferecendo descontos de 15 a 70%, que devem prosseguir durante todo o mês de janeiro em alguns locais. Com isso, a Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL-CG) tem a expectativa de movimentar, em média, R$ 30 milhões na economia. Estabelecimentos como Casas Bahia, Magazine Luiza, Americanas, Anita Shoes, Stilo A, UsaFlex, entre vários outros, estão fazendo parte da liquidação.

(Texto: Michelly Perez)