A despeito de a inflação ter perdido fôlego em janeiro, a alta no preço dos alimentos não dá trégua. Alimentação e bebidas subiram em média 1,02% em janeiro, uma variação abaixo da registrada em dezembro, mas ainda assim o grupo teve o maior peso na inflação do mês.
E, em alguns itens, a alta acelerou. Foi o caso da batata, que saiu de uma variação de 7,29% em dezembro para 10,84% agora. Cebola e tomate, cujos preços caíram no fim do ano, tiveram forte alta em janeiro.
Em 12 meses, a cebola subiu 43,3%, enquanto a batata inglesa ficou 67% mais cara e o tomate, 40,90%. São itens que pesam no bolso do consumidor, sobretudo de baixa renda, e aumentam a sensação de inflação, já que fazem parte das compras recorrentes de todas as famílias.
A pressão dos alimentos ocorre justamente num momento de queda na renda do brasileiro, com o fim do pagamento do auxílio emergencial. Em janeiro, as vendas dos supermercados já sentiram impacto do término do benefício pago pelo governo.
Por outro lado, alguns alimentos registram forte queda nos últimos 12 meses. É o caso do leite longa vida, com recuo de 25,69% no preço, e do óleo de soja, com menos 96,20%.
(Com informações: Agência O Globo)