O dólar caía frente ao real nesta segunda-feira (8), continuando o movimento de depreciação visto na semana passada. Às 11h39, o dólar à vista recuava 0,63%, cotado a R$ 5,1370 na venda. Na mínima do dia, a moeda americana desceu aos R$ 5,1030.
No mercado internacional de petróleo, o preço de referência da matéria-prima bruta tinha ligeira queda de 0,17%, com o barril do Brent negociado a US$ 94,76 (R$ 484,71).
Investidores voltaram a considerar, portanto, que o Fed (Federal Reserve, o banco central americano) manterá um nível semelhante de aumento da sua taxa de juros das duas últimas reuniões, de 0,75 ponto percentual. Juros mais altos aumentam a rentabilidade dos títulos do Tesouro dos EUA e valorizam o dólar.
Histórico
Na sexta-feira, o real obteve a maior valorização frente ao dólar em relação às principais moedas, além de ocupar a terceira posição entre as divisas de países emergentes que mais subiram no dia, atrás do rublo da Rússia e do baht tailandês.
O otimismo predominou no mercado financeiro brasileiro na semana passada, com investidores avaliando o comunicado do Banco Central da última quarta-feira (3), que elevou a taxa Selic para 13,75% ao ano.
Embora a autoridade monetária tenha deixado a porta aberta para um novo aumento em setembro, investidores consideraram que haverá uma pausa no aperto ao crédito nos próximos meses.
Como há a expectativa de queda da inflação, o juro real (taxa nominal descontada a inflação) tende a subir e isso atrai mais dólares para a renda fixa do país.
Alta do Selic
A alta da Selic já reforçou a posição do Brasil como líder do ranking mundial de juros reais, situação que ocupa desde a reunião de maio do comitê monetário do Banco Central, segundo levantamento do portal MoneYou e da gestora Infinity Asset Management.
O setor de commodities valorizado também favoreceu os ganhos na Bolsa de Valores brasileira. O Ibovespa, índice de referência do mercado de ações, subiu 3,21% na semana passada.
Com informações da Folhapress