O dólar abriu em queda nesta quinta-feira (30), com expectativa pela apresentação da nova regra fiscal fiscais pelo governo. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, tinha reunião marcada com líderes partidários da Câmara dos Deputados para apresentar a proposta nesta quarta-feira (29). Ele prometeu tornar público o novo arcabouço ainda esta semana.
Às 9h08 (de Brasília), o dólar à vista recuava 0,81%, a R$ 5,0940 na venda. Na B3, às 9h08 (de Brasília), o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento caía 0,85%, a R$ 5,0955.
Nos Estados Unidos, será divulgado o resultado definitivo do PIB (Produto Interno Bruto) do quarto trimestre e do ano de 2022. Juntamente com o resultado, sai o chamado deflator do indicador de gastos do consumidor, que pode dar sinais do comportamento da inflação de março, que será anunciado na sexta-feira (31).
A Bolsa fechou em alta e o dólar em queda nesta quarta-feira (29), seguindo a tendência vista nos mercados internacionais. Destaque para ações de exportadoras e produtoras de commodities, como Petrobras e Vale, impulsionadas por boas notícias vindas da China. O dia foi de muitas oscilações, por conta da expectativa pela definição das novas regras fiscais.
O Ibovespa encerrou o dia em alta de 0,60%, a 101.792 pontos. Na mínima do dia, o índice chegou a operar na casa dos 100.200 pontos, e na máxima, superou os 102 mil. O dólar comercial à vista fechou em queda de 0,58%, a R$ 5,135.
No mercado de juros, o dia foi de alta, com o mercado na espera pelo resultado da última reunião entre o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para tratar do novo arcabouço fiscal.
Nos contratos com vencimento em janeiro de 2024, a taxa variou dos 13,15% do fechamento desta terça-feira (28) para 13,20% nesta quarta. No vencimento em janeiro de 2025, os juros passaram de 12% para 12,13%. Para janeiro de 2027, a taxa avança de 12,17% para 12,28%.
Uma das notícias mais bem recebidas pelos investidores em todo o mundo é a divisão da gigante tecnológica chinesa Alibaba em seis unidades, que individualmente vão procurar formas de captar recursos, inclusive por oferta inicial de ações.
Além disso, em uma conferência com o FMI (Fundo Monetário Internacional), o primeiro-ministro da China, Li Qiang, disse que o país conseguirá atingir a meta de crescimento econômico para este ano. Segundo Qiang, o governo está se esforçando para estimular o consumo e os investimentos.
As notícias vindas da China impulsionam as empresas produtoras e exportadoras de matéria-prima. A ação ordinária da Vale fechou em alta de 1,54%. As ordinárias e preferenciais da Petrobras subiram 1,06% e 1,31%, respectivamente. Os papéis ordinários da Suzano avançaram 2,27%.
Nos Estados Unidos, a cautela provocada pela crise dos bancos de médio porte parece ter ficado para trás, segundo avaliação da equipe da Mirae Asset. Agora, as atenções se voltam novamente para a política de juros.
Segundo a Mirae, a maioria dos agentes de mercado aposta em novo aumento de 0,25 ponto percentual na próxima reunião do Fed (Federal Reserve, o banco central americano), em maio. Mas esta perspectiva pode mudar depois da divulgação do índice de inflação ao consumidor, o PCE, que sai na próxima sexta-feira (31).
Com este alívio do noticiário sobre bancos, os índices em Nova York tiveram alta. O Dow Jones fechou com avanço de 1%. S&P 500 e Nasdaq subiaram 1,42% e 1,79%, respectivamente.
Da Europa, a notícia que agradou os investidores é a volta de Sergio Ermotti para comandar o UBS e conduzir a aquisição do Credit Suisse. O objetivo é aproveitar a experiência do banqueiro suíço na reconstrução do banco.
No Brasil, há um compasso de espera sobre a divulgação das novas regras fiscais. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, deve apresentar a proposta a deputados líderes de bancada no final desta quarta-feira, na residência oficial da presidência da Câmara dos Deputados, informaram o líder do PP na Casa, André Fufuca (PP-MA), e duas fontes que acompanham o processo.
Destaque também para as estatísticas de crédito, divulgadas nesta quarta-feira pelo BC (Banco Central). As concessões de empréstimos no Brasil tiveram queda de 9,5% em fevereiro na comparação com o mês anterior, com o estoque total de crédito recuando 0,1% no período, a R$ 5,319 trilhões.
No mês, as concessões de financiamentos com recursos livres, nos quais as condições dos empréstimos são livremente negociadas entre bancos e tomadores, tiveram queda de 9,6% em relação ao mês anterior. Para as operações com recursos direcionados, que atendem a parâmetros estabelecidos pelo governo, houve recuo de 8,6% no período.
Outro dado que mexeu com o mercado, especialmente com o de juros, foi a criação de empregos. O Brasil abriu 241.785 vagas formais de trabalho em fevereiro, de acordo com o Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), divulgado nesta quarta-feira pelo Ministério do Trabalho e Emprego.
O resultado do mês passado vem do registro de 1,95 milhão de admissões e 1,70 milhão de desligamentos e ficou acima da expectativa. Uma pesquisa da agência Reuters apontava a espera da criação de 161 mil empregos. Acesse também: Bolsonaristas de MS assinam pedido de impeachment da bancada do PL
Com informações da Folhapress
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