O dólar opera em alta hoje (12), acompanhando o movimento do mercado de câmbio internacional, que renovou a máxima em duas décadas em meio à forte demanda por segurança no exterior.
Na parte da manhã, a moeda norte-americana subia 1%, vendida a R$ 5,1956.
Ontem (11) o dólar fechou em alta de 0,20%, a R$ 5,1441. Com o resultado, passou a acumular avanço de 4,08% no mês. No ano, ainda tem queda de 7,73% frente ao real.
O que está mexendo com os mercados?
Os mercados seguem guiados por temores de uma maior desaceleração econômica global em meio a perspectivas de altas mais fortes dos juros pelo mundo para conter a inflação.
“Esperamos que os dados da inflação continuem sendo uma preocupação central tanto para as autoridades quanto para os investidores nos próximos meses”, disse Mark Haefele, diretor de investimentos do UBS Global Wealth Management.
Juros mais altos nos EUA tornam os investimentos em títulos do tesouro norte-americano (treasuries) mais rentáveis, valorizando o dólar frente a outras moedas e drenando liquidez de países emergentes como o Brasil.
Mesmo liderando o ranking mundial de juros reais, o real tem sido uma das moedas mais penalizadas pela recente debandada recursos aplicados em ativos e mercados considerados mais arriscados.
Por aqui, a expectativa é que o Banco Central continue elevando os juros em meio a uma inflação persistente, que há 8 meses permanece acima de 2 dígitos.
O Itaú passou a projetar um IPCA (Índice de preços no consumidor) de 8,5% em 2022 e de 4,2% em 2023. “O balanço de riscos para nossa projeção de inflação neste ano segue assimétrico para cima, dado que vemos a possibilidade de novas altas nos preços internacionais do petróleo e derivados com anúncios de sanções pela União Europeia à Rússia – algo que pode elevar ainda mais nossa projeção de preços administrados no curto prazo”, avaliou.
O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou nesta quinta crescimento de 1,7% no volume de serviços prestados no Brasil. Foi a segunda alta seguida e o melhor resultado para meses de março desde 2011, quando teve início a série histórica da pesquisa.
Com informações de Fiems.
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