De volta há 2 meses, shoppings reagem com vendas à distância

Faturamento dos lojistas ainda oscila entre quedas de 30% e 40%

Mesmo com medidas de restrição e cuidados redobrados, os shoppings de Campo Grande conseguiram, mediante apresentação de um plano de biossegurança no dia 18 de abril, a liberação para o retorno do funcionamento. Após dois meses de atividades, os lojistas afirmam que os clientes, mesmo que em menor quantidade, estão retomando as compras, e, com isso, o faturamento está até 40% menor.

Segundo Kermson Martins, presidente das associações dos lojistas dos shoppings Campo Grande e Norte Sul Plaza, a retomada tem sido dentro dos patamares esperados para o período, principalmente quando se tem em conta todas as medidas de biossegurança que estão sendo adotadas pelos estabelecimentos.

“As vendas estão dentro das expectativas, estamos aos poucos voltando ao normal. A gente tem percebido que os consumidores estão se sentindo à vontade para efetuarem suas compras com segurança, os shoppings estão com todos os cuidados de limpeza, os lojistas estão cumprindo com todas as regras de biossegurança e isso tem feito com que a retomada, mesmo que de forma gradativa, tenha acontecido”, explicou.

Questionado sobre o perfil dos consumidores, Kermson afirma que é possível observar um aumento na demanda pelas vendas on-line e pelo sistema drive-thru, já adotado por shoppings da Capital, onde o cliente escolhe o produto e o retira no shopping sem preEmpresas que paralisaram atividades em razão do coronavírus não precisarão fazer testagem em massa dos funcionários para reabrir.

Portaria publicada ontem (19) no Diário Oficial da União estabeleceu que a realização de exames não deve ser condição a que as empresas retomem suas atividades. O documento assinado pelo ministro interino da Saúde, Eduardo Pazuello, e pelo secretário especial de Previdência e Trabalho, Bruno Bianco, não impõe diferenças entre o fechamento ocorrido pela pandemia – por não ser uma atividade essencial, por exemplo – ou a suspensão de atividades pela contaminação de funcionários ou por determinação judicial. Antes de as atividades serem retomadas, segundo o documento, a empresa precisa higienizar e desinfetar as áreas comuns e veículos compartilhados, reforçar a comunicação e implementar triagem dos trabalhadores, de modo que casos suspeitos ou confirmados sejam identificados e afastados de maneira precoce.

A Portaria nº 20 e seu anexo estabelecem “as medidas a serem observadas visando à prevenção, controle e mitigação dos riscos de transmissão da COVID-19 nos ambientes de trabalho (orientações gerais)”. Publicada mais de três meses após o início da pandemia do coronavírus, a norma deve aumentar a segurança jurídica dos planos de retomadas das empresas. Em todo o Brasil, diversas cidades já deram início à reabertura das atividades não essenciais, como é o caso do comércio em São Paulo. (FP) cisar sair do carro.

“O que observamos é que as pessoas estão utilizando muito os canais de venda e entrega delivery. Elas escolhem os itens desejados pela internet e rede social e a maioria das lojas já está oferecendo o serviço de entrega, assim como o sistema drive-thru, que está funcionando muito bem e com muita aceitação”, pontuou.

Volume de vendas deve crescer à medida que medo diminuir Para os próximos meses, o presidente das associações destaca que os lojistas anseiam que a retomada continue acontecendo. Segundo ele, mesmo com a redução de gastos realizada por muitos empresários, o faturamento, ainda até 40% menor, continua sendo uma das grandes preocupações do setor, que espera que os clientes aumentem a vontade de comprar ao obter mais segurança e conscientização sobre o coronavírus. “Alguns segmentos estão sofrendo mais e outros um puco menos, mas a queda no faturamento está entre 30% e 40%, e embora muitas empresas tenham optado por reduzir o quadro de funcionários e limitar despesas, continuam tendo gastos significativos.

Nos aluguéis, cada lojista está tendo a sua negociação. Tivemos redução nos valores de condomínio, no fundo de propaganda, e, para os próximos meses, a nossa projeção é de que a recuperação aconteça de forma gradativa. Acho que conforme as pessoas forem se conscientizando e tendo um medo menor da pandemia em si, isso vai fazer com que elas se sintam mais confortáveis em comprar”, disse. Em nota, o Shopping Campo Grande destacou ritmo de vendas 30% menor após a reabertura, que aconteceu no dia 22 de abril.

“O Shopping Campo Grande vem se recuperando gradualmente do impacto provocado pela COVID-19 em todo o país. Atualmente, se comparado ao mesmo período do ano anterior, o ritmo de vendas está aproximadamente 30% menor. Vale ressaltar que a administração adotou protocolo rigoroso de higienização e intensificou as medidas de prevenção contra a COVID-19, visando preservar a segurança de clientes, lojistas e colaboradores”, destacou. 

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(Texto: Michelly Perez/publicado no site por Karine Alencar)

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