O Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central comunicou ontem (15), que elevou em 0,5 ponto percentual a taxa básica de juros, com isso a Selic sobe de 12,75% ao ano para 13,25%.
Essa é a 11ª vez seguida que a taxa de juros sofre aumento, o novo percentual registrou o maior patamar desde janeiro de 2017, quando chegou a 13,75%.
“O Comitê entende que essa decisão reflete a incerteza ao redor de seus cenários e um balanço de riscos com variância ainda maior do que a usual para a inflação prospectiva, e é compatível com a estratégia de convergência da inflação para o redor da meta ao longo do horizonte relevante, que inclui o ano-calendário de 2023”, destaca o comunicado do Banco Central.
O aumento não foi bem recebido por entidades do setor produtivo. Em nota, representantes da indústria argumentaram que a determinação foi equivocada e pode acarretar prejuízos ao setor econômico.
A CNI (Confederação Nacional da Indústria) divulgou uma nota em que destaca que a taxa Selic subiu para um nível que prejudica a atividade econômica.
“Este aumento adicional da taxa de juros no momento é desnecessário para o controle da inflação e trará custos adicionais à economia, como queda do consumo, da produção e do emprego”, afirmou o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade.
A Firjan (Federação das Indústrias do Rio de Janeiro) também se manifestou sobre a elevação da taxa, segundo eles a Selic não pode ser o único meio para solucionar os problemas econômicos que ocasionaram aumento de preços no país.
“A pandemia da covid-19 e posteriormente a guerra na Ucrânia evidenciaram problemas estruturais no mundo todo. O setor produtivo brasileiro ainda convive com os efeitos da alta dos custos de produção e a população sofre com a deterioração da renda”.
Apesar da nova alta, o Banco Central reduziu o ritmo monetário após dois aumentos consecutivos de 1 ponto percentual. Em fevereiro de 2022, a taxa estava em 10,75%; no mês seguinte subiu para 11,75%; e em 5 de maio chegou 12,75%. Antes disso, de julho de 2015 a outubro de 2016, a taxa permaneceu em 14,25% ao ano. Em março de 2018, chegou a 6,5%.
Com informações da Agência Brasil.
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