Com investimento e sustentabilidade, Mato Grosso do Sul avança no setor de suinocultura

Foto: Divulgação
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Metas para este ano preveem um crescimento de 49% da produção

 

Com o avanço e investimento no setor da criação de porcos, Mato Grosso do Sul tem se afirmado como um dos principais centros de suinocultura do Brasil, impulsionado por um crescimento robusto e iniciativas voltadas para a sustentabilidade. Entre os anos 2017 e 2022, o estado registrou um aumento de 62% na produção, resultando em 2,7 milhões de suínos abatidos, segundo dados do Sistema Famasul.

Já em 2023, o número ultrapassou 2,9 milhões de cabeças abatidas. As metas para 2025 são ainda maiores, prevendo um crescimento de 49%, com um efetivo de 152 mil matrizes. Projetos significativos, como a ampliação da capacidade de abate da JBS para 10 mil suínos por dia e a implantação de uma central de genética líquida pela AgroceresPIC, evidenciam a força e a modernização do setor.

Para o economista Sthênio Martins, o crescimento da produção de suínos em Mato Grosso do Sul reflete uma importante diversificação da economia estadual, impulsionando o desenvolvimento de diversas regiões. “Os investimentos realizados pelo Governo do Estado no setor têm gerado não apenas empregos diretos na suinocultura, mas também oportunidades indiretas em atividades que fornecem serviços e produtos para a cadeia produtiva. Isso tem impactado positivamente a renda de inúmeras famílias. Atualmente, a suinocultura representa 4,06% do Valor Bruto da Produção do Agronegócio de Mato Grosso do Sul, consolidando o estado como um dos maiores produtores de suínos do Brasil, ficando entre os cinco principais no país”.

O economista destaca que a geração de incentivos, como o programa Leitão Vida, implementado pelo Governo do Estado, tem um impacto significativo para os produtores que adotam práticas sustentáveis e eficientes, alinhando-se às boas práticas sanitárias, ambientais e trabalhistas. Nesse contexto, a carne suína se consolidou como um dos principais produtos exportados pelo estado, ocupando a 15ª posição no ranking de exportações de Mato Grosso do Sul em 2024, de acordo com dados do Comércio Exterior.

Sthênio Martins explica que o setor de suínos de Mato Grosso do Sul tem se destacado a cada ano, não apenas pela geração de novas oportunidades de trabalho, mas também pelo desenvolvimento econômico nas diversas regiões do estado. “Esse crescimento é impulsionado por incentivos a produtores que adotam práticas sustentáveis, como elevados padrões sanitários, que garantem o bem-estar dos animais com instalações adequadas e confortáveis, além de práticas ambientais responsáveis e condições de trabalho dignas para os colaboradores”. O especialista também ressalta a possibilidade de gerar energia por meio da produção de biogás a partir dos dejetos suínos. Esses avanços estão alinhados com a meta de Carbono Neutro do Governo do Estado, reforçando o compromisso do estado com a sustentabilidade.

A consultora de economia da Famasul, Eliamar Oliveira, afirma que o crescimento da suinocultura em Mato Grosso do Sul tem gerado um impacto direto no aumento da receita do setor. “Esse crescimento provoca um efeito multiplicador em toda a economia, pois a movimentação financeira impulsiona o desenvolvimento de atividades complementares, garantindo renda para a cadeia produtiva e estimulando as demais atividades à medida que aumenta a circulação do dinheiro”. Em relação ao faturamento da suinocultura, a consultora destaca que esse ganho financeiro também resulta em reinvestimentos na própria atividade, o que favorece o crescimento contínuo do setor e impulsiona o mercado de trabalho. Ela aponta que a criação de suínos no estado atualmente emprega 1.504 pessoas, registrando um aumento de 13% nos últimos quatro anos.

 

João Buchara

 

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